Chefe da divisão de hipertensão do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), o médico participou da campanha de prevenção da saúde cardiovascular feminina realizada no Largo do Machado, no bairro do Flamengo, zona sul do Rio, para conscientizar as mulheres de que a hipertensão e a obesidade estão fortemente ligadas às doenças cardíacas.
Ivan Cordovil adverte ainda que, depois dos 20 anos de idade, as mulheres devem fazer exames de sangue, obrigatoriamente, duas vezes por ano, porque existem doenças que acarretam o aumento da pressão arterial durante o período da gravidez, o que pode levar à mortalidade fetal.
O INC e o Departamento de Cardiologia da Mulher, da Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro (Socerj), são responsáveis pela campanha, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, no próximo domingo (8). Além dos serviços de saúde, defensores públicos auxiliaram e distribuíam panfletos sobre os direitos da mulher.
Durante a avaliação de peso, altura e verificação da pressão arterial, se fosse constatada alguma anormalidade, os médicos orientavam a paciente.
A ação chama a atenção para as doenças passíveis de prevenção e que, por isso, podem ser controladas por meio do peso, de atividades físicas e alimentação saudável, entre outras questões ligadas às causas das doenças cardiovasculares. Segundo a coordenadora do INC e do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro (Socerj), Ana Patrícia Oliveira, a obesidade e a pressão arterial elevada são dois fatores de risco importantes para o aumento da incidência das doenças cardiovascular, principalmente da população feminina.
"A doença cardiovascular é a principal causa de mortalidade nas mulheres. Ela mata mais do que doenças infecciosas, câncer e acidentes, então é muito importante se cuidar, principalmente porque a faixa etária em que as mulheres estão sendo acometidas está ficando cada vez mais precoce. A mulher tem que controlar o peso adequadamente, instituir uma rotina de atividade física regular e diária e de alimentação saudável, além de eliminar o excesso de sal, combater o fumo e o alcoolismo”, recomenda Ana Patrícia.
Muitas mulheres que estavam sendo atendidas durante a ação no Largo do Machado, contaram não ter o hábito de ir ao médico. Ivolina Sepulvura, de 77 anos, moradora do Flamengo, admitiu que deveria cuidar mais de sua saúde e esse tipo de campanha alerta sobre a importância de se prevenir das doenças.
"Eu não sinto nada. Só tenho um problema de oscilação de pressão, por conta do meu estado emocional. Confesso que não vou muito ao médico, mas deveria. Essas ações são muito boas e um dos motivos de eu estar aqui é para incentivar outras mulheres que ficam aqui praça do Largo do Machado, porque se estou aqui, elas podem estar também. Verifiquei a pressão e já está em 19. Vou passar ali, no médico, e se ele falar que eu tenho que mudar a alimentação ou tomar remédio, vou obedecer, porque é para o meu bem estar", disse Ivolina.
Agência Brasil
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