A militante Camila Bonassa disse que, durante a ação, foram destruídos viveiros de mudas do eucalipto em desenvolvimento.
Em Brasília, militantes ocuparam o escritório da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). A pauta do órgão para a reunião de hoje previa apreciação do pedido de liberação da variedade H421. Os desenvolvedores informaram que o eucalipto modificado terá maior produtividade e será usado para indústria madeireira.
De acordo com o MST, a variedade consome mais água que as plantas naturais e coloca em risco a produção brasileira de mel. Líderes do movimento argumentam que a maior parte do produto é feita a partir do eucalipto. Eles temem que, com a introdução do transgênico, as abelhas contaminem a produção com os elementos da nova variedade. Assim, o mel nacional poderia sofrer restrições no mercado internacional, além de possíveis ameaças à saúde dos consumidores e das abelhas.
“O eucalipto transgênico não é liberado em nenhum lugar do mundo – o Brasil seria o primeiro a liberar. Seria uma espécie de cobaia”, criticou Camila Bonassa. Para a ativista, o protesto na unidade da empresa é uma forma de chamar a atenção para o modelo de produção de alimentos no país. “É uma ação em defesa da soberania alimentar e produção de alimentos saudáveis”, ressaltou.
A Guarda Municipal confirmou o chamado pela ocupação, mas ainda não tinha detalhes sobre a ocorrência.
A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a FuturaGene, Suzano Celulose, CTNBio, mas não teve retorno até a publicação da matéria.
Agência Brasil
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