Foto: Wilton de Sousa Júnior/Estadão
“Sarneyzação”, "parlamentarismo branco" ou "regência trina provisória". A gente pode se divertir, se irritar ou se deprimir na discussão dos nomes disso em que se vai transformando o governo do Brasil. Mas nesta semana fica explícito que parte do governo foi confiscado de Dilma Rousseff” – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-03-2015.
Dilma e o resto
"Sarneyzação" é a síndrome de um governo impotente, de poderes cassados, em tempos de crise econômica sem solução. Regência trina provisória foi o nome do governo do Império depois da abdicação de Pedro 1º; talvez seja o nome do arranjo destas semanas em que o PMDB manda na política, Levy, na economia, e Dilma se debate com o que restou" – Vinicius Torres Freire, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-03-2015.
Meleca
“No Brasil, há mitos ruindo por todos os lados, incluindo alguns que o PT criou sobre si mesmo. O mito neoliberal da competição como tônico de um mercado livre e autorregulável só sobrevive porque seus pregadores desdenham do óbvio. O que estamos vendo nessa meleca toda, empreiteiras formando cartéis para participar de licitações combinadas e comprando favores e contratos de corruptos com propinas milionárias, senão uma espécie de apoteose feérica do capitalismo de compadres em ação? O compadrio odeia a competição. Talvez, na próxima passeata, uma das faixas possa aludir a isso” – Luís Fernando Verissimo, escritor – Zero Hora, 26-03-2015.
Vários PMDBs
“Mais do que nunca, o PMDB são vários - e esse é um dado básico para perceber-se alguma coisa da situação. O PMDB de Calheiros não é o de Eduardo Cunha, nem com ele quer se confundir jamais. Outro é o PMDB de Michel Temer, que pode estar com o de Calheiros, mas com Eduardo Cunha faz no máximo encenação de tolerância, à espera não sabe de quê. E José Sarney não perdeu o seu PMDB ao deixar o Senado, sendo ainda a chamada "voz da experiência" mais ouvida no partido” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-03-2015.
Jogo duro
“O jogo desses PMDBs é duro. E, mesmo quando o joguem em relação ao governo, no fundo a determinante essencial é o jogo entre eles: cada grupo sabe que nem todos poderão sobreviver às condições que se armaram no partido. Distinguir uma coisa e outra nesse duplo campo de ação é decisivo para chegar a alguma compreensão, mas não tem acontecido. Muito ao contrário. E nisso o PMDB é só um exemplo” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 26-03-2015.
Fonte: IHU Online
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