quarta-feira, março 11, 2015

Compostagem: ‘Revolução dos Baldinhos’ garante saúde e alimentos saudáveis

Agentes comunitários, em geral jovens, recebem uma bolsa de estudo vinculada à frequência escolar. Eles sensibilizam as famílias para a separação do material, gerenciam coleta e transformação do resíduo orgânico em compostagem. (Foto: metodologiasinergicas.wordpress.com)

Uma epidemia de ratos, em 2008, fez com que os moradores de Chico Mendes, comunidade de Florianópolis (SC), modificasse a maneira de lidar com o lixo produzido. Os moradores compreenderam que os restos de comida alimentavam e atraíam os ratos e que precisavam de um lixo mais limpo. Para isso, era fundamental separar os resíduos orgânicos dos demais materiais descartados.

A reportagem é de Cláudia Moreira, publicada pela Fundação BB e reproduzida pelo portal EcoDebate, 10-03-2015.

Nascia a Revolução dos Baldinhos. Cada família participante passou a ter um baldinho, usado para recolher os resíduos orgânicos que passaram a ser encaminhados para compostagem. Já o composto preparado com o aproveitamento do lixo orgânico é excelente adubo, o que resolve a dificuldade da preparação da terra para cultivo de alimentos em áreas urbanas.

A tecnologia social “Gestão Comunitária de Resíduos Orgânicos e Agricultura Urbana – Revolução dos Baldinhos” constrói um cíclo virtuoso. No momento em que se recolhe resíduos orgânicos nas casas, escolas e creches, o adubo é entregue aos moradores, que utilizam em suas hortas e pequenas plantações orgânicas, resultando em alimentos saudáveis.

O lixo que segue para a coleta pública, sem a mistura de restos de comida, fica seco, sem mau cheiro, não suja a rua e é mais facilmente manuseado. Além disso, ao separar o lixo, a comunidade faz a triagem de materiais, encaminhando aquilo que poderia ser reciclado para a reciclagem.

Agentes comunitários, em geral jovens, recebem uma bolsa de estudo vinculada à frequência escolar. Eles sensibilizam as famílias para a separação do material, gerenciam coleta e transformação do resíduo orgânico em compostagem. Oferecem palestras nas escolas, creches e recebem grupos para conhecer o trabalho.

A metodologia, que pode ser consultada no Banco de Tecnologias Sociais, é uma das cinco tecnologias sociais que será reaplicada pelas 38 entidades credenciadas pela Fundação BB no Programa Nacional de Habitação Urbana – PNHU, em dezesseis estados brasileiros.

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