"Significa um repúdio à atual situação em que vive o país, não só do ponto de vista econômico, mas principalmente político", disse ele. Na avaliação do especialista, o panelaço é dirigido tanto à presidenta quanto ao governo em geral. Segundo ele, diante das denúncias de corrupção noticiadas pela imprensa, era previsível que a população se manifestasse em algum momento. Ele destacou a previsão de uma semana muito tensa do ponto de vista político, com manifestações programadas para os dias 13 e 15 de março – a primeira, a favor do governo e a segunda, contrária.
Essa polarização, lembra o especialista, não é novidade no Brasil. “As últimas eleições mostraram isso. Estamos polarizados, a exemplo do que ocorria, no passado, nos embates entre udenistas e petebistas. Mas essa dialética é própria da democracia”, destacou.
“As próprias passeatas [previstas para os próximos dias] deixam claras essas semelhanças, podendo ser comparadas às ocorridas em 13 e 19 de março de 1964”, disse ele referindo-se ao comício da Central do Brasil organizado por sindicatos e líderes camponeses que apoiavam o então presidente João Goulart (Jango) e à Marcha da Família com Deus pela Liberdade, organizada logo depois em resposta à suposta “ameaça comunista” representada por Jango.
Agência Brasil
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