A definição de uma data exata de lançamento, porém, ainda "depende do calendário de cada uma das montadoras", que precisam integrar o sistema em seus veículos, disse o executivo do Google.
Assim como o CarPlay, sistema equivalente da Apple, o Android Auto permite que o celular se conecte ao carro por uma porta USB e "projete" sua tela no equipamento multimídia dos veículos. Os apps do smartphone são dispostos em uma interface com botões maiores e controlada principalmente por voz.
"Motoristas hoje tentam acessar aplicativos pelo celular enquanto estão dirigindo, de maneiras que não são sempre fluidas ou seguras", disse Holle em entrevista por e-mail. "Com o Android Auto, a tela do celular fica bloqueada e algumas funções, como a exibição de vídeos do YouTube, não funcionam quando o carro está em movimento".
Para usar o Android Auto, o motorista precisará baixar um aplicativo em seu smartphone. O app estreou na Play Store na quinta (19), mas ainda não pode ser baixado por usuários brasileiros.
As maioria das grandes montadoras do mundo - a lista completa pode ser vista aqui já anunciou que seus carros oferecerão suporte simultâneo ao Android Auto e ao CarPlay. A expectativa é que modelos com o software embarcado cheguem aos EUA nos próximos meses.
Além disso, fabricantes de equipamentos multimídia para carros também utilizarão as plataformas. No mercado americano, os primeiros produtos com os dois sistemas instalados começaram a ser vendidos na quarta-feira (18) pela americana Pioneer. Lá, o preço dos aparelhos varia de US$ 699 (R$ 2.282) a US$ 1.399 (R$ 4.568).
GOOGLE X APPLE
Em abril do ano passado, a Microsoft disse que também entraria na briga com o "Windows in the Car", mas não anunciou mais novidades desde então. Com isso e com o relativo fracasso do Mirrorlink - sistema operacional de código aberto desenvolvido em conjunto pelas montadoras no começo da década - a disputa entre Google e Apple é vista como a principal do segmento.
Por enquanto, a opção das montadoras é de que ambos os sistemas coexistam com seus próprios produtos multimídias, mas isso pode mudar.
"Estamos trabalhando em novos recursos que permitirão que o veículo em si seja um dispositivo Android conectado", disse Holle. O movimento permitiria que a conexão com o celular fosse dispensada, mas pode significar que cada carro rode apenas um sistema.
Questionado sobre a possibilidade de que a disputa fragmente o mercado automotivo, assim como já acontece com smartphones e relógios inteligentes, Holle disse apenas que "a competição no mercado de celulares trouxe muito benefícios para os usuários". "Estamos animados em ver como isso poderá continuar no mercado de carros conectados."
A Pioneer e as montadoras de carro foram procuradas para falar sobre os planos de lançamento dos sistemas no Brasil, mas não responderam ao contato da reportagem.
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