Moraes afirmou que atualmente somente 15% das pedreiras utilizam o artefato. Acrescentou que há um sistema eletrônico mais moderno, que evitaria o desvio de dinamites.
“O transporte de explosivos será feito obrigatoriamente com escolta privada, para evitar qualquer possibilidade de desvio”, disse o secretário. A medida é uma determinação do Exército, que entra em vigor no dia 1º de março, a pedido de Moraes.
Apesar de a escolta ser competência do Exército, a lei abre possibilidade para obrigar a iniciativa privada a assumir o trabalho. Para Moraes, “não tem cabimento que o Exército tenha de fazer escolta para a iniciativa privada. A empresa privada tem de arcar com esses custos”.
Em reunião realizada hoje pela manhã entre o secretário, representantes do Exército, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e dos comandos das polícias Civil e Militar, foram definidas outras ações. O encontro deve se repetir pelo menos uma vez por mês.
A Febraban passará a localização de caixas eletrônicos às polícias, de modo que eles sejam mapeados e georreferenciados, facilitando o trabalho de inteligência policial e o mapeamento de rotas de fuga em casos de explosões.
O intercâmbio de informações permitirá que as imagens das centrais de monitoramento de cada banco e agência sejam enviadas em tempo real para o Detecta – sistema inteligente de monitoramento de crimes do estado.
Moraes também solicitará ao ministro da Justiça apoio para que o Banco Central altere a normativa sobre restituição de notas destruídas. Hoje, os bancos são ressarcidos somente quando há destruição de até 51% da nota. A ideia é permitir a reposição, mesmo com destruição total.
Com a mudança, os bancos poderiam usar mecanismos, como a incineração, que destroem completamente as cédulas nos casos de tentativa de explosão. “Cairia o último obstáculo dos bancos para instalar dispositivos de destruição”, ressaltou o secretário. “Há um mecanismo já identificado, que, em caso de explosão, é acionado e incinera as notas. Ou seja, torna inútil qualquer tentativa de furto”, explicou.
Conforme o secretário, foi proposto à Febraban a instalação de emissores de fumaça e dispensadores de tintas para manchar e inutilizar notas em todos os caixas eletrônicos em área de risco, o que dificultaria a ação dos criminosos e daria tempo para a ação da polícia.
A Secretaria de Segurança ainda está contabilizando os caixas atacados este ano, mas, segundo Alexandre de Moraes, 17 pessoas envolvidas nesse tipo de roubo já foram presas.
Agência Brasil
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