Os pátios serão instalados nos municípios de Goiana e Ipojuca para abastecer o mercado nacional, além de servir como plataforma de exportação e importação da companhia. A fábrica da Jeep tem capacidade para produzir 250 mil veículos por ano e a Sada será responsável por retirar os automóveis de dentro da montadora e entregar na porta das concessionárias.
O pátio de Goiana - terceiro maior do Brasil - está em construção e a previsão é começar a operar em maio. A unidade da Mata Norte será 134.600 m² de área e está localizada a três quilômetros da fábrica da Jeep. O espaço terá um centro de apoio ao motorista, com estacionamento, restaurante, dormitório, vestiário e área de manutenção. “Disponibilizar estrutura para atender ao carreteiro sempre fez parte da nossa filosofia, antes mesmo de entrar em vigor a Lei do Motorista (de 2012)”, destaca o diretor Comercial da Sada, Edson.
Pereira, dizendo que a legislação serviu para regular a concorrência. A segunda unidade em Goiana será um centro de carga e descarga, que vai funcionar como apoio dentro da própria montadora. A terceira unidade será construída em Ipojuca, numa área de 132 mil m², responsável pela importação e exportação. A primeira operação da Sada a partir de Goiana vai acontecer em maio. A previsão é realizar 455 viagens por mês para distribuir 4.200 Jeeps Renegade.
Do total de viagens, 100 serão para atender aos mercados do Norte e Nordeste e o restante para o Centro-Sul. O modelo de logística adotado pela Sada tenta aumentar a competitividade e ser sustentável.
A operadora logística vai trazer cegonhas (carretas) de Betim (MG) com modelos Fiat, que vão voltar carregadas de modelos Jeeps para serem distribuídos nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A ideia é ter frete de retorno, sobretudo quando se trata de um produto de maior valor agregado (o modelo inicial do Renegade tem preço estimado em R$ 70 mil). “Esse modelo de logística foi desde 2013 para a unidade de Pernambuco. A estratégia vai poupar 23 mil viagens por ano, além de representar uma economia de 104 milhões de quilômetros, 42 milhões de litros de diesel e de reduzir 101 mil toneladas de dióxido de carbono”, exemplifica Pereira.
Esse frete de retorno tem sido motivo de disputa entre os cegonheiros de Pernambuco e do Centro-Sul. O sindicato local quer garantir que os veículos sejam transportados por carreteiros sediados no Estado, mas só as cargas destinadas ao Norte e Nordeste vão utilizar cegonheiros estabelecidos na região. A maior parte do frete virá de Minas e voltará para o Centro-Sul.
No Estado, a previsão é contratar inicialmente 12 carreteiros, podendo chegar a 40. “Não é justo que os cegonheiros locais fiquem de fora. Já ingressamos com ação judicial contra os sindicatos de Minas e de Goiânia e já tivemos uma série de reuniões com a Sada”, reclama o vice-presidente do Sindicato dos Transportadores de Veículos Autônomos do Estado de Pernambuco (Sintrave-PE), Luciano Pontes, dizendo que são 130 associados.
EMPREGOS - Até o dia 23 de fevereiro a Sada quer contratar os cem primeiros funcionários da empresa no Estado. A ideia é privilegiar mão de obra dos municípios do Litoral Norte. O número de empregados vai crescer gradativamente até totalizar 400 colaboradores, quando a fábrica da Jeep alcançar a produção de 250 mil veículos. As vagas são para motoristas de cegonha, motorista de pátio, conferente, auxiliar de logística e amarrador.
Por Adriana Guarda/Do Jornal do Commercio
Tem caminhoneiro
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