Muita gente cobrou mais segurança, melhorias na saúde, reforma nas escolas. A dona de casa Domingas Matos pediu a criação de uma lei para punir quem suja as ruas. “Lá onde eu moro parece um chiqueiro. Quem não varre a calçada precisa ser multado. Parece pouco para vocês, mas para mim é muito", disse, sob aplausos.
Servidores da educação, vendedores ambulantes, membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e moradores do Distrito Federal usaram o espaço para protestar. Com faixas e apitos, os professores pediram a aprovação de uma lei para garantir o pagamento dos salários atrasados. "O governo parcelou os salários atrasados, mas não existe acordo com a categoria”, afirmou Jairo Mendonça, do sindicato dos professores.
Em plena rodoviária, o sistema de transporte público também foi alvo de críticas. “São poucos ônibus, sempre cheios e sem segurança. Estou aqui para cobrar isso dos deputados”, disse o líder comunitário Saulo Menezes. A dona de casa Luísa Rodrigues pediu oportunidade de emprego. “Estou com aluguel atrasado e cheia de contas para pagar. Eles [parlamentares] precisam criar leis para garantir que todo mundo trabalhe”, sugeriu.
Para o aposentado Eduardo Bispo, a Câmara deveria repetir sessões como a de hoje. “Fomos nós que colocamos os deputados lá, eles não fazem mais que sua obrigação ao sentar e ouvir o povo. Todo mundo aqui tem algo para cobrar, mostrar sua indignação”. A sessão durou pouco mais de duas horas, na maior parte com a fala da população.
“Os anseios são válidos, os temas diversificados, e a população quer falar. Uma das funções do Poder Legislativo é representar e escutar a população. Nós vamos pegar todas as demandas, encaminhar o que é para o Executivo, produzir os pedidos de lei para dar respostas à sociedade”, afirmou a deputada Celina Leão (PDT), presidenta da Câmara Legislativa do DF.
Agência Brasil
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