O aumento na quantidade de exemplares, segundo informou a imprensa francesa, responde à avalanche de pedidos recebidos tanto na França quanto no exterior.
Na capa, a revista trará o profeta Maomé segurando um cartaz com os dizeres "je suis Charlie" e o título "Tudo está perdoado".
"Terá uma distribuição excepcional como gesto de vida e de sobrevivência", disse hoje à rede "BFMTV" o advogado da revista, Richard Malka. Já o redator chefe, Gérard Biard, explicou também aos meios de comunicação que não querem fazer um "número necrológico".
"Charlie Hebdo" costumava colocar à venda 60 mil exemplares, e como medida excepcional nesta ocasião, segundo acrescentou um de seus cartunistas, Patrick Pelloux, o próximo número será traduzido a 16 idiomas, e terá oito páginas, em vez das 16 habituais.
O atentado na última quarta-feira causou a morte a oito jornalistas do "Charlie Hebdo", entre eles o diretor, Stéphane Charbonnier, "Charb", e quatro dos mais conhecidos caricaturistas da França.
Os demais membros da redação trabalham de forma temporária nos escritórios do jornal "Libération", protegidos por um amplo cerco policial.
O ataque à revista, e outros dois posteriores cometidos nos dias 8 e 9 de janeiro por outro islamita radical, que causaram a morte de outras cinco pessoas, deram lugar ontem às maiores manifestações de protesto da história da França, com cerca de quatro milhões de participantes em todo o país.
G1
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