Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira (28) a Polícia Civil de Pernambuco descartou a possibilidade de greve até o carnaval. No entanto, a categoria decidiu que nenhum agente será obrigado a fazer horas extras no período. Para isso, o setor jurídico do sindicato está orientando os profissionais.
“Trabalho de plantão extra tem que ser remunerado como hora extraordinária. A orientação é que o policial não deve aceitar trabalhar a não ser que seja pago a hora constitucional”, afirmou o coordenador jurídico da entidade, Jesualdo Campos.
De acordo com o presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, o governo do estado quer pagar R$ 180 reais por 12 horas trabalhadas no período carnavalesco. “As outras polícias recebem por hora extra e ainda ganham adicional noturno”, afirmou.
A categoria apresenta ao governo nesta quinta-feira a pauta de reivindicações. Entre elas, está o pagamento da gratificação de risco em 225%, como já é feito para os delegados.
Os policiais civis também querem a revisão do Plano de Cargos e Carreiras. De acordo com Áurio Cisneiros, para se aposentar com o salário mais alto dentro do plano, o servidor precisa ter 30 anos de tempo de serviço. “Vamos lutar para que o tempo reduza para 17 anos."
Áureo Cisneiros também afirmou que se o estado não atender aos pleitos a categoria vai decretar a estratégia da Polícia Civil Cidadã, que significa não trabalhar em hipótese alguma sem cumprir o que determina a lei de forma rigorosa.
“Não vamos para a rua com coletes vencidos, por exemplo. Nos flagrantes é preciso a presença de um delegado, mas o escrivão está fazendo isso sozinho. Não vamos mais permitir. Além disso, a lei diz que os policiais devem ir para rua em um mínimo de três, o que não vem acontecendo”, disse Áureo Cisneiros.
Diário de Pernambuco
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