Inicialmente a versão era de que Márcia teria cometido o suicídio, mas em depoimento, a adolescente confessou o homicídio. De acordo com as investigações, com base no depoimento da garota, Márcia dormia em uma rede na companhia do filho de 11 meses, que estava deitado sobre ela. Ao perceber que a mãe estava dormindo, a jovem pegou um revolver calibre 38 - utilizada pelo companheiro da vítima que é caseiro da fazenda – e se aproximou da mãe. Em seguida, afastou o irmão e efetuou o disparo que acertou a testa de Márcia.
De forma fria, a adolescente teria colocado a arma nos seios da mãe para simular um possível suicídio. Após a chegada de testemunhas no local, a adolescente pegou o revólver, enrolou em um pano e guardou. A polícia foi acionada e foi a partir deste momento que a tese de um provável homicídio começou a ruir.
Segundo o delegado Cledson Ferreira, responsável pelo caso, ao chegarem no local, os policiais perceberam que a morte de Márcia tinha características de homicídio. “Dois pontos despertaram a nossa atenção: ninguém vai se matar com a criança no colo. Outro ponto foi que o disparo transfixou a rede, ou seja, foi dado de fora para dentro da rede e ninguém cometeria um suicídio desta forma”, explicou.
Diante dessas dúvidas, o delegado solicitou que encaminhasse a adolescente até a Delegacia. Porém, no meio do trajeto, na companhia dos policiais e de um dos tios que a acompanhava, ela confessou o crime. Segundo o delegado, durante a ouvida a jovem não mostrou nenhum arrependimento e alegou que cometeu o crime, porque a mãe estava lhe proibindo de sair de casa.
A adolescente ainda tentou justificar o ato alegando que sofria maus tratos por parte da mãe, mas o argumento não convenceu o delegado. “Não acredito que a mãe praticasse os atos revelados por ela, já que as pessoas ouvidas informaram que a vítima não tinha esse caráter”, frisou o delegado.
A garota estava custodiada na Delegacia Regional de Itabaiana e deverá ser encaminhada para capital sergipana ainda neste sábado (09) onde ficará sob a responsabilidade do Ministério Público.
Jornal da Cidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.