Em entrevista, o Superintendente de Policia Civil do interior, Dicivaldo Gonçalves, contou que a população ficou revoltada com a decisão do magistrado que deu o parecer favorável ao prefeito Rafael Mesquita, em audiência realizada nesta manhã. No fim desta tarde, se reuniram em frente ao edifício, armados de paus, pedras e matéria inflamável, para investir contra o juiz.
Após invadirem o Fórum, a população queimou os móveis nos diferentes cômodos do prédio. O juiz Jorge Antônio Sales conseguiu fugir da multidão que teria tentado amarrá-lo para colocá-lo do lado de fora da Comarca. O tumulto só foi contido depois da intervenção da Polícia Militar, que fez um cordão de isolamento em frente à Comarca.
Funcionários do prédio ajudaram a apagar o fogo e retirar documentos ameaçados de serem perdidos. Peritos do Instituto de Criminalística (Icrim) estão no local e avaliam os prejuízos causados pelo incêndio. A polícia admitiu ser improvável identificar os responsáveis pelo ato de vandalismo ao patrimônio público.
Com a decisão desta terça-feira (20), esta se torna a 3ª vez que a Justiça Eleitoral julga o mandato de Rafael Mesquita em pouco mais dois anos. Nas decisões anteriores o prefeito foi cassado, mas conseguiu reverteu a decisão no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MA).
Entenda o caso
Na última eleição, em 2012, Rafael Mesquita teria sido flagrado com R$ 40 mil em espécie no dia do pleito, não conseguindo explicar a origem do dinheiro. O Ministério Público da Zona Eleitoral de Buriti ajuizou uma ação de impugnação de mandato eletivo contra o prefeito de Buriti e seu vice para perda dos seus mandatos por captação ilícita de sufrágio, com abuso de poder econômico em 2013.
Na ocasião a Justiça julgou procedente as acusações gravíssimas e decretou a perda do mandato eletivo dos impugnados Rafael Mesquita e Raimundo Camilo (Vice Prefeito), nas eleições municipais/2012. Eles também se tornaram inelegíveis para as eleições por oito anos subsequentes à eleição para o qual foram eleitos.
Em apenas 48 horas conseguiu voltar ao cargo através de mandato de segurança. Em 2014, ele foi novamente afastado da gestão do municipio, mas conseguiu se manter no cargo por causa de uma nova liminar.
Do G1 MA
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