Até a criação de uma lei sobre o assunto, a Prefeitura de Serra Talhada se comprometeu, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão, a embargar a construção de loteamentos irregulares, que não contam com infraestrutura de energia, saneamento, água e iluminação pública.
Segundo o promotor de Justiça Vandeci Leite, a reunião foi marcada para discutir uma reivindicação antiga dos moradores da localidade. “O importante é ressaltar que essa situação foi causada pela irregularidade do loteamento, que não tinha sido registrado pelos construtores junto ao poder público. Isso significa que a Compesa e a Prefeitura nem sabiam exatamente a dimensão e a localidade dos imóveis, gerando um descompasso entre as necessidades dos moradores e a atuação desses órgãos”, explicou.
Na reunião, a Compesa e os construtores se comprometeram a realizar as obras de escavação de valas, sondagem da rede e interligação de tubulações a fim de contemplar as 260 famílias que moram no Loteamento Quitandinha. A construção de um sistema de fossa séptica, para receber o esgoto das casas, ficará a cargo dos proprietários do loteamento.
Os empreiteiros também assumiram o compromisso de só construir novas residências no local depois de encaminhar à Compesa e à Prefeitura de Serra Talhada os projetos de construção, incluindo estudos de viabilidade técnica para a ligação dos imóveis à rede de água, e registrar os terrenos no Cartório de Registro de Imóveis.
“O representante da administração municipal admitiu que há loteamentos irregulares, que não contam com infraestrutura de energia, saneamento, água e iluminação pública. Existe o interesse da administração em regularizar esses empreendimentos, mas até a criação de uma lei sobre o assunto, a Prefeitura se comprometeu, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão, a embargar a construção de loteamentos irregulares”, acrescentou Vandeci Leite.
O promotor também informou que é de responsabilidade do município produzir e divulgar uma campanha educativa, orientando os moradores de Serra Talhada sobre a necessidade de regularizar todas as construções junto ao poder público, bem como a recusar-se a comprar imóveis localizados em loteamentos que não estejam licenciados pelo município.
MPPE
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