Fotos: Valter Campanato/Agência Brasil
“Em um quadro de contenção orçamentária, o governo federal não descuidará do andamento dos projetos prioritários da área. Todos sabemos que teremos um ano de aperto [em 2015], mas quero dizer aos comandantes e aos civis que este ministro estará a frente na luta pela continuidade de todos os projetos”, disse, hoje (2), durante a cerimônia de transmissão de cargo, em Brasília.
Após dois mandatos consecutivos, Wagner deixou o governo da Bahia no último dia 31, depois de ajudar a eleger seu sucessor, Rui Costa (PT), que prometeu dar sequência ao trabalho do ex-governador. O novo ministro declarou ainda que, além de seu “peso político”, defenderá a manutenção dos recursos prioritários com base no fato de, segundo ele, os projetos na área de defesa não poderem ser interrompidos.
“Evidentemente, em dificuldades, todos terão que dar alguma contribuição, mas vou usar o meu peso político lastreado no aspecto estratégico dos projetos para brigar a fim de termos a continuidade desses projetos”.
Lembrando o discurso de seus antecessores no cargo, os ex-ministros Nelson Jobim e Celso Amorim, Wagner destacou que, apesar de viver em paz com os países vizinhos, o Brasil não pode abrir mão de investir e reforçar suas Forças Armadas, como estratégia para dissuadir eventuais ameaças futuras e manter a paz.
“Temos que zelar por inestimáveis reservas naturais, por infraestrutura crítica e pelo patrimônio da população. Não é recomendável desconsiderarmos as previsões de aumento, nas próximas décadas, da demanda global por água, alimentos e fontes de energia”, disse o ministro, ressaltando que a atual estratégia nacional de defesa está em sintonia com o crescente interesse da sociedade pelo tema e contribui para o desenvolvimento da indústria nacional.
Perguntado sobre a manutenção dos atuais comandantes do Exército, da Marinha e Aeronáutica, Wagner só mencionou que a decisão cabe à presidenta Dilma Rousseff. “Evidentemente, os atuais comandantes estão aí há oito anos e romperam uma tradição da renovação a cada quatro anos. A possibilidade existe, mas quem vai tomar a decisão é a presidenta.”
Agência Brasil
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