Os delegados apresentaram um diagnóstico que vai desde a valorização profissional e salarial até a necessidade de reformulação do Pacto pela Vida. “Os membros da Adeppe nos relataram que alguns compromissos do Pacto pela Vida não foram cumpridos. Uma das metas do programa, por exemplo, era a construção de 15 delegacias da mulher. Apenas 04 foram construídas”, informa Silvio Costa Filho.
Ainda segundo Silvio Costa Filho, um dado importante é de que hoje há um déficit de 250 delegados em Pernambuco, quando o número ideal é o de 700 profissionais atuando. “Há delegados que precisam se responsabilizar por até três delegacias”, acrescenta. Ainda segundo o parlamentar, a média em Pernambuco é de 1.526 pessoas para um policial civil, enquanto no Brasil esta relação é de 900 pessoas para 01 agente.
O presidente da Adeppe, Flaubert Leite Queiroz, diz que a associação quer promover um amplo debate sobre o Pacto pela Vida, focando inclusive a valorização da categoria. “Pretendemos construir um diálogo não só com o governo, mas com a sociedade, que precisa ter conhecimento das dificuldades que temos enfrentado e que se refletem no aumento dos índices de criminalidade em nosso Estado”.
Flaubert lembra que hoje a remuneração do delegado civil em Pernambuco é a segunda pior do Brasil, ficando atrás apenas do Espírito Santo. Falta de apoio técnico, precariedade das estruturas físicas das delegacias e extensas jornadas de trabalho completam o quadro de desprestígio por parte do Governo do Estado apresentado pelos membros da Adeppe. A entidade reúne em torno de 700 delegados, entre ativos e inativos.
Ascom Bancada de Oposição PE
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