Assumidamente nervosa, a ponto de tentar interferir logo no primeiro bloco nas regras do debate, Dilma usou da falta de propostas para o pré-sal no programa de governo do PSB, conforme antecipou O GLOBO na sexta-feira, e da autonomia do Banco Central, como armas para atacar Marina nos três blocos. Marina revidou atacando a política econômica de Dilma e a intervenção do governo na Petrobras e no banco.
— Jornais têm noticiado que a senhora pretende reduzir a importância do pré-sal. O seu programa de governo dedica apenas uma linha para o assunto. Por que esse desprezo com esse recurso tão importante para o Brasil e tão invejado para o mundo? — questionou Dilma.
Marina se defendeu:
— Estamos reafirmando que vamos explorar essa fonte de energia. No entanto, precisamos ir para onde a bola vai estar. Temos que ir atrás de novas fontes de energia: eólica e solar, ignoradas no seu governo. No seu governo, o maior perigo para o pré-sal é o que foi feito pela Petrobras. Uma empresa que foi usada politicamente para dar conta dos índices de crescimento e reduzir os índices de inflação — Marina.
O confronto entre Dilma e Marina começou logo no primeiro bloco e se repetiu durante todo o programa organizado pelo SBT, o jornal Folha de S. Paulo, o portal UOL e a Rádio Jovem Pan.