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Eduardo Campos e família em momentos de lazer na cidade de São Paulo
A tradicional família Arraes está representada em São Paulo por uma ponte no bairro da Penha e por uma escola encravada na favela de Paraisópolis. Ambas se chamam Miguel Arraes, em homenagem ao advogado e economista que se tornou um dos principais líderes políticos do Nordeste no século XX. A ligação dos Arraes com São Paulo não vai muito além disso. A partir desta semana, a família estreita significativamente seus laços com os moradores da metrópole. Eduardo Campos, pré-candidato a presidente pelo PSB, passa a morar num pequeno apartamento em São Paulo, perto do aeroporto de Congonhas.
Campos é neto de Arraes e seu herdeiro político. Ele entregou o cargo de governador de Pernambuco, que ocupou por sete anos e três meses, na sexta-feira, dia 4. Deixou a chave do Palácio das Princesas com o vice, João Lyra. Depois de passar uma semana descansando com a mulher, Renata, e com os cinco filhos do casal, Campos espera oficializou a pré-candidatura a presidente na segunda-feira (13), em Brasília. Logo depois, se mudou para São Paulo. Num primeiro momento, sozinho. Depois, levará a família inteira.
A decisão de mudar a base eleitoral para São Paulo foi estratégica. Além de ser o maior colégio eleitoral do Brasil, São Paulo é um desafio para o PSB. O Estado, berço do PT, é governado pelo PSDB desde 1995, quando a polarização entre petistas e tucanos começou a aumentar nas disputas eleitorais. Segundo os cálculos do PSB, Campos terá de quebrar essa polarização em São Paulo se quiser chegar ao segundo turno. Portanto, é natural que ele concentre suas agendas e algumas ações de campanha em São Paulo, onde vivem 22% do eleitorado.