Claudio dos Calçados'' As mudanças vão trazer mais conforto e estabilidade''
Nice dos Calçados'' não estou otimista com a mudança porque o ponto que me deram é muito pequeno''
Eron ''Antes eu estava com medo, mais agora que eu conheci o meu box onde eu vou trabalhar, eu estou otimista''.
Paulinho da Sulanca '' Os boxes disponibilizados pela prefeitura não são o suficiente, mais eu vejo com muito otimismo essa mudança. Todos vão ter mais segurança e conforto''.
Genecy '' Só em imaginar que eu vou ver a minha cidade livre de todas essa barracas, eu já estou alegre. Ver essa ruas livres, calçadas asfaltadas, na verdade, é um sonho de todos que gostam de Petrolândia"
Segundo o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Marcos Rogério Viana, a Prefeitura de Petrolândia pretende realizar a feira livre da próxima semana, na sexta-feira, dia 17, no novo Mercado Público. Os proprietários de bancas, cadastrados em etapa anterior do processo de organização da feira livre e instalação do Mercado Público, irão assinar termo de compromisso e responsabilidade pela ocupação do novo espaço.
Nesta sexta-feira (10), a reportagem do Blog de Assis Ramalho visitou donos de bancas de confecções e calçados para saber a opinião dos comerciantes sobre as consequências da mudança das bancas para boxes no interior do Mercado Público.
Cláudio, conhecido como Cláudio dos Calçados, disse esperar melhoras porque, segundo ele, o ponto para onde ele vai se deslocar vai lhe trazer mais conforto e menos trabalho para expor e armazenar a mercadoria.
"Eu estou achando que vai ser uma maravilha, porque aqui a gente não tem segurança nem higiene, e o melhor é que quando a gente passar para dentro do nosso box, não vai ser preciso a gente montar e desmontar a nossa banca, como acontece agora. Além disso, lá, as nossas coisas vão ficar guardadas e seguras. Eu estou otimista com a mudança", disse Claudio.
O mesmo otimismo de Claudio não tem a sua vizinha Nice, conhecida como Nice dos Calçados, com quem também conversamos.
"Eu não posso dizer que estou otimista, porque o ponto que me deram é muito pequeno, e não vai dar para eu colocar todas as minhas mercadorias. E, além disso, o que me deixou chateada é que tem gente de fora que não tinha nenhuma banca e vai ganhar box, enquanto outros que negociam já há muito tempo vão ficar com pouco espaço, como é o meu caso e o de outros que eu conheço", disse ela.
Mais à frente, conversamos com Eron, também proprietário de uma banca de calçados. Ele disse que antes estava temeroso, mas agora está otimista com a mudança.
"Confesso que antes eu estava com um pouco de medo dessa mudança, mas agora eu lhe asseguro que eu estou muito otimista, porque eu já visitei o meu box onde eu vou ficar, e constatei que é o suficiente para eu colocar as minhas mercadorias e tocar o meu negócio. Isso sem falar que agora a gente não vai precisar arrumar e desarrumar as nossas bancas diariamente. É só chegar lá, abrir o box e dar inicio aos nossos trabalhos. Eu estou muito otimista", disse Eron.
Ressaltando o contraste de opiniões sobre o assunto, Nildo, também proprietário de banca, disse à nossa reportagem que está chateado com a iminente mudança. Segundo ele, faltou um melhor diálogo entre os encarregados da Prefeitura.
"Eu não estava sabendo de nada sobre a data dessas mudanças. Ninguém da Prefeitura veio aqui falar comigo e, quando eu procurei saber, me disseram que eu vou receber somente uma banca móvel, o que não é suficiente pra mim. Eu negocio aqui há 19 anos, enquanto eu sei que tem pessoas que vão receber box, sem sequer ter banca na feira. Isso é um absurdo!", declarou Nildo, chateado por não ter recebido um box.
Conversamos também com Paulinho, conhecido popularmente como Paulinho da Sulanca. Como um dos líderes do movimento (Associação dos Feirantes), ele disse lamentar o fato de não ter box o suficiente para todos os feirantes.
"O lado negativo nessa mudança é que os vinte e seis boxes disponibilizados pela Prefeitura não são suficientes para todos os comerciantes da feira. Na minha opinião, seriam necessários ao menos uns cinquenta boxes para suprir as necessidades de todos."
Paulinho lamentou o fato de algumas pessoas terem vendido o ponto para outras pessoas.
"Ainda hoje eu recebi reclamação de um cidadão, que me veio reclamar que tinha comprado o ponto de uma outra pessoa, e que agora constatou que o ponto não está cadastrado. O que é que eu tenho a ver com isso? Isso é problema de quem vendeu e de quem comprou. Todos foram avisados de que não poderiam vender o ponto, porque você não pode vender uma coisa que não é sua. De qualquer maneira, eu mando que essas pessoas, que compraram pontos de outras pessoas, procurem a Prefeitura pra ver se eles terão algum direito, porque eu não tenho nada a ver com isso."
Paulinho da Sulanca também falou do lado positivo da mudança para o interior do novo Mercado Público.
"Olha, só em a gente saber que todos os dias vamos chegar no nosso box e encontrar tudo arrumadinho, do jeito que a gente deixou no outro dia, vai ser uma maravilha. Isso, sem contar com o lado de segurança e higiene", disse Paulinho da Sulanca.
Próximo à banca de Paulinho da Sulanca, conversamos com seu Severino, proprietário de uma banca de confecções, que disse negociar em Petrolândia desde o início da nova cidade. Seu Severino se mostrou um pouco pessimista, pelo fato de achar que o movimento lá dentro do novo mercado não será idêntico. Por outro lado, seu Severino disse que o que vai melhorar muito é em relação a segurança e higiene.
Enquanto isso, Vera, também proprietária de uma banca de confecções, disse esperar que a mudança seja boa para todos e destacou a importância do novo visual que ganhará a cidade.
"Bem, o que eu torço e espero é que essa mudança seja para melhor e, outro lado positivo, é a gente saber que a nossa cidade vai ganhar um novo visual logo após essas desocupações ", disse Vera, se referindo à liberação das ruas e calçadas no entorno do Mercado Público.
Quem também conversou conosco e se mostrou otimista foi Ana Célia, da banca Ana Célia Calçados.
"Eu só tenho é que agradecer a Deus por esta mudança para dentro do Mercado, porque agora a gente sabe que vai ter uma melhor segurança, coisa que ninguém tinha aqui, e sem falar que também a gente vai ter os serviços diminuídos. Não é mole, todos os dias, a gente ter que arrumar e desarrumar uma banca como esta. Agora não, a gente vai apenas chegar de manhã para abrir e fechar no final do dia, sem nenhum trabalho. Eu estou contando os dias para que chegue essa nossa mudança", disse Ana Célia.
Para Genecy, proprietário de um quiosque no Mercado Público, o Bar do Genecy, apesar de saber que o seu ponto comercial não vai sofrer mudança, ele disse está muito satisfeito com a realização da Prefeitura.
"Só em imaginar que eu vou ver a minha cidade livre de todas essa barracas que davam uma má impressão para todos, e principalmente para os turistas, eu já estou alegre. Ver essa ruas livres, calçadas asfaltadas, na verdade, é um sonho de todos que gostam de Petrolândia", disse Genecy.
Para finalizar nossa reportagem, conversamos com Naldo, popularmente conhecido como Naldo da Feira. Naldo acredita que a mudança vai trazer muitas melhorias para o visual da cidade, mas, segundo ele, houve "arrumadinho" na distribuição dos boxes, declarando que vai entrar na justiça com uma ação pública contra a Prefeitura.
"Sobre essas mudanças, eu só tenho é que elogiar, porque a cidade vai ganhar um novo visual e eu sou totalmente a favor. Agora, pelo outro lado, as distribuições dos boxes teve 'arrumadinho'. Tem muita gente que não tinha banca na feira e que vai receber box, enquanto eu, que negocio desde a velha cidade, só fui cadastrado para receber uma banca (móvel). A mesma coisa aconteceu com o meu filho, que tem banca aqui na feira há 15 anos, e também só vai receber uma banca, ao invés de um box."
Perguntado pela nossa reportagem sobre as providências que irá tomar, Naldo disse que vai entrar na justiça contra a Prefeitura.
"Eu, junto com outros que também estão prejudicados, vou procurar um advogado para entrar com uma ação pública contra a Prefeitura. O que não pode é gente que não tinha banca na feira ganhar box, e outras pessoas que trabalham há muito tempo na feira ficar de fora", finalizou Naldo.
Visitamos também o interior do Mercado, onde as obras estavam sendo finalizadas. Na oportunidade, estavam sendo finalizados os procedimentos para ligação da energia elétrica, prevista para o final desta sexta-feira.
De acordo com Gilmar Eletricista, cada box tem um contador de energia individual e o proprietário deve procurar a Celpe para fazer o cadastro e solicitar a ligação no box, gerando uma conta de luz independente para cada box.
Para ver mais fotos, clique aqui>Mudança na feira livre e conclusão do Mercado Público
Eletricista Gilmar Vieira
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Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Assis Ramalho
Fotos: Assis Ramalho