“A maior demanda hoje são de espaços para comercialização do produto. O escoamento é o gargalo. Se não consigo dar espaço para o artesão, ele não tem onde expôr suas peças. Ele produz, um atravessador compra as peças dele e revende pelo dobro ou triplo do preço. O maior gargalo para o artesão é a oportunidade de espaço para comercializar a própria peça”, destacou Ana Beatriz Ellery, coordenadora de Artesanato Brasileiro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República.
Anualmente, o PAB faz, em média, cinco feiras nacionais e regionais. A intenção é abrir espaço para os artesãos aumentarem o leque de clientes e se capitalizem para participar de outras feiras. “É uma oportunidade para vender mercadorias. Quando vende, o artesão consegue um pouco mais de recursos para participar das feiras. E eles estão crescendo. Hoje, são aproximadamente 250 artesões por feira. É um número bem expressivo”, ressaltou Ellery.
A artesã Vaglene Barros Felix, do Distrito Federal, que trabalha com luminárias e abajures, aprova a estratégia da realização das feiras de artesanato e a abertura de espaços para comercialização das peças. No entanto, ela disse que faltam recursos que artesãos paticipem das feiras.
“Está bem mais fácil. O PAB dá muitas facilidades para o artesão expôr em quase todos os estados do Brasil. No DF, temos a Casa do Artesão, grandes feiras e shoppings que abrem a porta. Mas, infelizmente, fallta verba para trazer artesãos”, ressaltou.
Nos primeiros cinco dias de exposição, foram comercializadas, segundo a organização, R$ 950 mil. O estande de Minas Gerais foi o mais procurado. "Temos peças reconhecidas mundialmente, como a cerâmica do Vale do Jequitinhonha, que é o que mais vendeu até agora" informou o coordenador do estado, Thiago Tomaz Chaveiro.
O salão Mãos do Brasil será encerrado no próximo sábado (20). Ele está montado no Centro de Convenções Anhembi, na Avenida Olavo Fontoura, 1209. A entrada é franca. Até amanhã (18), o horário de funcionamento é de 14h às 22h. Na sexta (19) e no sábado, a feira começa às 11h e termina às 22h. A cada 20 minutos, ônibus saem da Estação Tietê do metrô para o local da feira.
Agência Brasil
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