Também são cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e nove de condução coercitiva (nesse caso, a pessoa não é presa, mas é obrigada a ir à polícia para prestar depoimento) em cinco cidades do interior do estado, além da capital, Maceió.
Segundo o coordenador da operação, o delegado Adriano Moreira, as empresas investigadas fracionavam as despesas, como forma de obter dispensa de licitações e superfaturar contratos. “Alguns diretores que fiscalizavam os gastos com a merenda nas escolas denunciaram empresas que estavam fraudando licitações. As investigações mostraram que os contratos eram superfaturados em 10%, para pagar propina a diretores das escolas”, explicou Moreira em entrevista à Agência Brasil.
“A empresa fornecedora de merenda apresentava ao diretor da escola as planilhas com a cotação de preços de outras concorrentes, que não existiam ou estavam em nome de laranjas”, disse Moreira. Em depoimento na polícia, os suspeitos negaram que gestores das escolas investigadas recebessem propina dos donos das empresas.
Os contratos e as prestações de contas das escolas públicas suspeitas de participação no esquema foram analisados pela Controladoria-Geral da União (CGU), que detectou que o dinheiro vinha dos programas Nacional de Alimentação Escolar e Dinheiro Direto na Escola. Os presos poderão responder pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha, fraude em licitação e falsidade documental.
Agência Brasil
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