Os recursos financeiros da iniciativa da ANA são liberados através do Programa de Consolidação do Pacto Nacional pela Gestão das Águas (PROGESTÃO), espinha dorsal do Pacto, após o cumprimento de metas fixadas pelos estados e aprovadas por seus respectivos conselhos estaduais de recursos hídricos. Cada unidade da Federação pode receber até cinco parcelas de R$ 750 mil, totalizando R$ 100 milhões para os 26 estados e o DF. Até o momento, já houve o desembolso de mais de R$ 19 milhões para 18 estados. Assim, a ANA busca incentivar o fortalecimento dos sistemas estaduais de gerenciamento de recursos hídricos através de ações que melhorem a implantação dos instrumentos de gestão previstos pela Política Nacional de Recursos Hídricos e pelas políticas estaduais.
O PROGESTÃO estimula os estados a adotarem várias ações, como: o aperfeiçoamento da rede de monitoramento quantitativo e qualitativo de rios, formação de banco de dados relativos à disponibilidade hídrica ou emissão de outorga (autorização) para uso dos recursos hídricos, elaboração de estudos e planos de bacia, capacitação ou implantação da cobrança pelo uso dos recursos hídricos.
Além de buscar fortalecer institucional e operacionalmente a gestão de recursos hídricos em âmbito estadual e melhorar a articulação entre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e os sistemas estaduais, o Programa tem o objetivo de construir um sistema nacional para a governança eficaz que garanta a oferta de água em quantidade e qualidade para os brasileiros no presente e no futuro.
Sabendo das diferenças regionais entre as unidades da Federação (UF), a ANA oferece uma metodologia para que elas possam aderir ao Pacto e se classifiquem de acordo com sua estrutura institucional e com a complexidade do processo de gestão local. Assim, cada estado pode definir suas próprias metas de acordo com as necessidades atuais na área de gestão de recursos hídricos, associadas a uma visão de futuro.
Cada UF que adere ao Pacto recebe oficinas de trabalho para apresentação do diagnóstico sobre a situação atual da gestão de recursos hídricos e para discussão do prognóstico e dos próximos passos a serem seguidos pelas unidades da Federação. Com isso, acontece a escolha do tipo de gestão e seleção das metas – a serem pactuadas junto ao respectivo conselho estadual de recursos hídricos – para fortalecer o sistema estadual de recursos hídricos e implementar os instrumentos de apoio ao gerenciamento de recursos pelos cinco anos seguintes.
Nove estados assinaram seus contratos de adesão em 2013 e terão até 2016 para concluir sua participação no PROGESTÃO: Paraíba (primeiro a aderir), Alagoas, Paraná, Rondônia, Sergipe, Piauí, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Goiás. Mato Grosso do Sul, Maranhão, Rio Grande do Sul, Amazonas e Rio Grande do Norte também assinaram a adesão ano passado, mas optaram por concluir o período de implementação das metas em 2017. Para as demais unidades da Federação, que aderiram em 2014, o ciclo do PROGESTÃO se estende até 2018.
Texto:Raylton Alves - ASCOM/ANA
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