Batizada de Pedra Branca, a operação pretendia cumprir 11 mandados de prisão e 26 mandados de busca e apreensão em três cidades do Sertão pernambucano - Araripina, Ipubi e Trindade. No final da manhã, nove pessoas haviam sido presas e todos os mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Os policiais continuam em diligência para encontrar os outros dois suspeitos. Os mandados de prisão foram expedidos pela Delegacia de Combate aos Crimes contra a Ordem Tributária (Deccot).
Segundo o diretor de polícia especializada, Joselito Kerhle, foram presos os donos das empresas acusadas de sonegação fiscal e os homens que cederam os dados para a criação desses estabelecimentos, os chamados laranjas. "Com os dados pessoais de laranjas, foram criadas empresas que deixavam de recolher tributos estaduais através do lançamento de notas fiscais falsas", explica o delegado. As empresas atuavam na extração de gipsita das minas do polo gesseiro do Araripe e vendiam o gesso produzido com o material em todo o Brasil com as notas fiscais falsas.
Ainda segundo Kerhle, as fábricas são registradas nos estados de Pernambuco e do Ceará, mas todos os presos estavam em Pernambuco. A polícia ainda investiga o envolvimento de menores na fraude. Parte dos documentos falsos também foi apreendida na operação desta quarta-feira. Além das notas fiscais, os policiais encontraram os documentos pessoais e os computadores utilizados pelos empresários para falsificar as notas, ao revistar os escritórios das firmas investigadas.
Todos os presos prestaram depoimento na Delegacia de Araripina e foram encaminhados à prisão da cidade do interior pernambucano. Além da sonegação fiscal, eles vão responder por falsidade ideológica e documental, corrupção de menores e formação de quadrilha. O envolvimento de cada um dos presos e a possível participação dos menores só será revelada na quinta-feira (18). Na ocasião, também será liberado o balanço total da operação.
As investigações que resultaram na prisão dos empresários começaram há três meses, em uma parceria entre Delegacia de Combate aos Crimes contra a Ordem Tributária e a Secretaria da Fazenda de Pernambuco. "O trabalho começou depois de percebermos que o montante de gesso comercializado não batia com os impostos recolhidos, já que grande parte estava sendo sonegado através de notas fiscais falsas", explicou o diretor de polícia especializada. As investigações foram comandadas pelo delegado Francisco Rodrigues, da Deccot. A operação deflagrada nesta manhã contou com a participação de 120 policiais civis, 50 auditores da Secretaria da Fazenda e 12 policiais militares.
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