domingo, dezembro 07, 2014

''Jornal Nacional'' mostra reportagem sobre o rio São Francisco feita em Petrolândia; veja o vídeo

Eu me sinto muito triste. Muito triste mesmo. Meu sentimento, minha tristeza é de milhares de pessoas que moram às margens do rio”, diz Maria Elita Ramalho, agricultora.  Clique e veja o vídeo> Cidade submersa ressurge em estiagem prolongada no sertão de PE
Cinegrafista da Rede Globo, Robson Santos, gravou as  imagens do Rio São Francisco em Petrolândia que foram mostradas no JN deste sábado (06) - foto: Assis Ramalho 
 
Reportagem do JN deste sábado mostrou a repórter do Jornal Nacional, Amanda Dantas, entrevistando o mergulhador  Samyr Oliveira no interior da Igreja do Sagrado Coração de Jesus

De acordo com matéria postada recentemente no Blog de Assis Ramalho, onde mostrava que a TV Asa Branca, afiliada da Rede Globo, esteve em Petrolândia realizando reportagem especial sobre o rio São Francisco para o “Jornal Nacional”, a matéria foi mostrada na noite deste sábado (06) pela emissora do Plim Plim.

Acompanhe abaixo a integra da matéria feita pela repórter Amanda Dantas, que foi mostrada no 'Jornal Nacional' na noite deste sábado (06)

''Uma cidade submersa está vindo à tona no sertão de Pernambuco. Com a estiagem prolongada, as águas dos reservatórios de Sobradinho, Itaparica e Xingó, estão baixando, e velhas construções aparecendo.


No meio do Rio São Francisco, uma igreja aparece no horizonte. Ela faz parte da antiga Petrolândia, cidade no sertão de Pernambuco que foi inundada há quase três décadas para a construção de uma barragem.

A nova Petrolândia foi projetada a dez quilômetros e é banhada pelo lago de Itaparica, formado pelas águas do Velho Chico. Só que, com a estiagem que atinge a nascente do rio em Minas, o volume do lago em Pernambuco caiu para apenas 14% da capacidade. E o que estava submerso há 26 anos começou a reaparecer.


“Eu morei na velha Petrolândia e aqui faz parte de um grupo escolar. É a caixa d’água de uma escola”, conta uma moradora.

Dentro da igreja dá para ter uma noção maior do quanto o nível do lago diminuiu. Há três anos a situação era bem diferente. A água chegava a uma marca escura na parede. Agora está bem abaixo.



“Tem três anos que eu faço mergulho aqui na igreja. Quando o rio está cheio, fica 16 metros de profundidade. Hoje, como a baixa do lago está muito grande, está 10,5 metros de profundidade”, conta o mergulhador Samir Oliveira.

Quem depende do Rio para trabalhar sofre com a seca. Com o lago mais raso, os peixes não sobrevivem. A produção da pesca artesanal diminuiu 40% e a piscicultura, 15%.



Os canais de irrigação também estão secando. Prejuízo para a fruticultura. “A gente tinha, de costume, tirar a média de 150 sacos de maracujá por hectare. Hoje, caiu em torno de 50% de produção”, afirma Sérgio Viana, fruticultor.

“Eu me sinto muito triste. Muito triste mesmo. Meu sentimento, minha tristeza é de milhares de pessoas que moram às margens do rio”, diz Maria Elita Ramalho, agricultora.


Veja aqui o vídeo>Cidade submersa ressurge em estiagem prolongada no sertão de PE

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Jornal Nacional - Edição do dia 06/12/2014

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