O pedido para registro, no Iphan, dos Maracatus, do Cavalo Marinho e também do Caboclinho foi feito pelo então governador Eduardo Campos. Em seguida, a Secult e a Fundarpe empreenderam, através de empresa contratada, a elaboração do Inventário Nacional de Referência Cultural (INRC) para cada um dos brinquedos populares. A titulação do Caboclinho deverá ser, em breve, igualmente avaliada e deferida pelo Conselho Consultivo de Patrimônio Cultural do Iphan.
O mesmo procedimento está sendo feito agora com a Ciranda e o Reisado. Seus documentos foram elaborados entre novembro de 2012 e maio deste ano e envolvem grupos da Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata Norte, Agreste e Sertão. Pesquisadores qualificados e com conhecimento prévio sobre o tema foram os responsáveis pela construção do INRC de cada folguedo, que é composto por um relatório analítico, um vídeo documentário, fichas de identificação, registros audiovisuais e um dossiê. Como resultado da pesquisa, foram localizadas informações sobre 27 grupos de Cirandas e 12 de Reisado, no Estado.
PATRIMÔNIO CULTURAL DO BRASIL – No último dia 03/12, foi concedido o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil aos Maracatus de Baque Solto (ou Rural) e de Baque Virado (também chamado de Nação) e ao Cavalo Marinho. Os novos Patrimônios tiveram seus títulos confirmados na 77ª Reunião Deliberativa do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que aconteceu na sede do Instituto Histórico e Artístico Nacional, em Brasília. Os três foram eleitos por unanimidade pelo Conselho.
A partir de agora, as manifestações ficam inscritas no Livro das Formas de Expressão e têm garantidos o reconhecimento, a valorização e a salvaguarda de um conjunto de bens culturais, saberes, fazeres e formas de expressão que representam. O registro destes bens contribui para o apoio, o fomento e a apreensão de sua importância para a identidade e história do povo pernambucano e brasileiro. “As informações referentes às recomendações de salvaguarda dos bens registrados, como melhoramento de sede, espaços para apresentação, oficinas, entre outras ações que o fortaleçam, estão contidas nos inventários. Isto é um instrumento que o Estado, e os próprios grupos, possuem a partir de agora para trabalhar pela permanência e fortalecimento dos grupos”, afirma o secretário de Cultura, Marcelo Canuto.
Os INRCs dos maracatus e do Cavalo Marinho já se encontram disponíveis, para consulta, na biblioteca da Fundarpe e também compõe o banco de dados do Patrimônio Cultural Imaterial do Iphan.
LIVRO DOS PATRIMÔNIOS – O segundo volume do livro Patrimônios Vivos de Pernambuco, de Maria Alice Amorim, traz fotos e perfis dos artistas e grupos contemplados com este registro, desde a primeira edição do concurso, em 2010, até os eleitos em 2013, o que totaliza o número de 31 Patrimônios Vivos Pernambucanos, incluindo os já falecidos. O livro faz parte do conjunto de ações adotado pelo Estado, no sentido de inserir os Patrimônios na política pública de cultura, incentivando o repasse do conhecimento adquirido pelos mestres às novas gerações. De acordo com o Presidente da Fundarpe, Severino Pessoa, além de ser uma valiosa fonte de pesquisa, a obra contribui para a preservação da memória desses importantes agentes culturais. “A lei do Patrimônio Vivo prevê o comprometimento na transmissão dos saberes populares como contrapartida dos mestres e grupos, por isso é importante incentivarmos mecanismos que colaboram com a perpetuação da tradição popular, como essa publicação”, pontua.
Fonte: Secretaria de Turismo de Pernambuco
Foto: Fundarpe/Divulgação
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