Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Na saída do evento, Dilma Rousseff admitiu que pretende abrir o capital da Caixa Econômica Federal, mas disse que esse é um processo “demorado”. A informação foi confirmada por assessores da Presidência da República.
Ainda sobre os programas sociais, no café da manhã, a presidenta citou o exemplo do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que cria estímulos para diversos setores com linhas de investimento diferenciadas. “É possível balancear, reduzindo a zero o subsídio, mantendo apenas os de áreas melhores”, explicou.
Apesar de antecipar o cenário econômico difícil a partir do próximo ano, a presidenta mostrou otimismo e afirmou ter certeza de que o Brasil sentirá uma recuperação, independentemente dos resultados de outras economias. “A inflação não saiu do controle. O Brasil continua com grandes reservas e estamos tomando providências para melhorar nossa produtividade”, destacou.
Perguntada sobre o valor que será buscado pelo governo para o ajuste fiscal no próximo ano, a presidenta não confirmou que a cifra seja de R$ 100 bilhões, como foi divulgado na imprensa paulista. Segundo ela, o assunto ainda não foi discutido pelo governo e é preciso esperar. “Não vou discutir quais medidas tomar de forma teórica. O tempo de vocês é um e o meu é outro”, afirmou.
Ao analisar o cenário mundial, Dilma Rousseff afirmou que o processo de crise que atingiu todos as nações perdurou por mais tempo do que o estimado pelo mercado internacional e a recuperação da economia internacional “anda de lado”, mesmo para os Estados Unidos “que têm uma economia muito dinâmica”.
A presidenta reconheceu os problemas enfrentados pelos países emergentes, mas, ao comentar a situação dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), negou que a Rússia esteja vivendo “a beira de uma crise econômica”. Segundo ela, a economia russa passou por uma turbulência monetária, “mas tem reservas suficientes”.
Para a presidenta, o mundo ainda passará por uma nova turbulência, mas não haverá uma grande crise com especulações sobre moedas e países. “Não acho que os Brics vão ter grande problema. O problema dos Brics não é financeiro. Não há nenhum na beira da catástrofe. Todos têm reservas, são todos países [que] de uma forma ou de outra estão numa situação estável”, avaliou.
Agência Brasil
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