Conselheiros tutelares de Belém do São Francisco-PE estão em greve

Profissionais revindicam o pagamento de salários atrasados. Atividades estão paralisadas desde o dia 2 de dezembro.

Os conselheiros tutelares estão paralisados em Belém do São Francisco, no Sertão pernambucano. Os profissionais revindicam o pagamento de salários atrasados há dois meses. As portas da unidade do Conselho na cidade estão fechadas desde o dia 2 de dezembro, mas apenas casos emergenciais estão sendo atendidos.

De acordo com um dos conselheiros em greve, Laércio Dunes, já havia acontecido uma paralisação em outubro e a prefeitura se comprometeu a regularizar a situação salarial até o dia 10 de novembro. “Nós já estamos no mês de dezembro e o acordo não foi cumprido. Acho pouco provável que ainda este mês a prefeitura pague os meses de outubro, novembro, dezembro e ainda o 13º salário”, comentou.

Para não prejudicar a população, segundo Dunes, os cinco conselheiros estão atendendo pelos telefones pessoais os casos urgentes. “Não estamos abrindo o Conselho Tutelar, mas existem situações que precisamos atender. Apenas não fazemos as atividades do cotidiano como fazer palestras em escolas e visitar hospitais, por exemplo, mas estamos à disposição”, afirmou.

Ainda segundo Laércio, o problema do atraso de salários é antigo. “Isso acontece há bastante tempo. Além do que nós não temos uma data certa para receber, todo funcionário deveria ter o dia de pagamento estabelecido para poder se programar, mas não é o que acontece conosco. E isso é algo de vários setores”, disse. Em novembro, os professores da rede municipal de ensino também paralisaram suas atividades pelos mesmos motivos.

Os conselheiros tutelares arrecadaram assinaturas de outros servidores da cidade e pretendem acionar a promotoria da região para entrar com uma medida cautelar suspendendo o poder do prefeito de administrar os recursos do município, afirmou Dunes.

O G1 entrou em contato com a prefeitura de Belém do São Francisco, mas ainda não obteve uma resposta oficial sobre o caso.

Do G1 Petrolina