Empreendimentos e redes de economia solidária de todo o Brasil podem concorrer.
A informação foi dada hoje (24), no Rio de Janeiro, à Agência Brasil pelo gerente da Área de Agropecuária e Inclusão Social do Departamento de Economia Solidária do BNDES, Leonardo Pamplona.
Serão distribuídos R$ 2,3 milhões em recursos do banco para iniciativas de sucesso em economia solidária, de todo o país, sejam formalizadas ou em processo de formalização. As inscrições se estenderão de 12 de janeiro a 13 de março do próximo ano.
A premiação inédita tem três objetivos principais, disse Pamplona. O primeiro é dar visibilidade às experiências de empreendimentos econômicos solidários que, “muitas vezes, a política pública não enxerga”, informou o gerente do BNDES. Em consequência disso, o prêmio visa a estimular o desenvolvimento e o fortalecimento desses empreendimentos, dando exemplo para iniciativas similares. O terceiro objetivo é aprofundar o conhecimento sobre a realidade dos empreendimentos de economia solidária existentes, para que possa ser aprimorada a construção de políticas públicas em benefício desse público alvo.
Leonardo Pamplona ressaltou que a premiação tem abrangência nacional. “Estamos buscando premiar empreendimentos em todos os estados, embora a gente não saiba se vai ter empreendimentos que apresentem qualidades mínimas exigidas. Mas a ideia é premiar iniciativas em todos os estados e também redes de empreendimentos de economia solidária por macrorregião. Em cada estado, vão ser oferecidos até três prêmios e em cada uma das cinco regiões, serão concedidos três prêmios para redes, que são articulações de empreendimentos que trabalham em conjunto na cadeia produtiva ou ao longo de uma cadeia de valor”. Ao todo, serão distribuídos até 96 prêmios.
A primeira edição do Prêmio BNDES de Boas Práticas em Economia Solidária presta homenagem a Sandra Magalhães, em atendimento à proposta do Fórum Brasileiro de Economia Solidária. “Sandra era uma pessoa que tinha envolvimento com todos os acontecimentos históricos de políticas públicas de apoio à economia solidária. Ela foi uma das fundadoras do Banco Palmas, experiência de referência em Fortaleza (CE) dos bancos comunitários, que hoje se disseminou pelo Brasil. Sandra participou do fortalecimento do Fórum Brasileiro de Economia Solidária”. Segundo o BNDES, mesmo após a morte de Sandra, no ano passado, sua vida serve de inspiração para muitas pessoas no país.
Leonardo Pamplona disse que a ideia do BNDES é fazer com que essa premiação tenha caráter permanente. A cerimônia de entrega dos prêmios está programada para julho de 2015, em Santa Maria (RS), durante a Feira Internacional de Economia Solidária.
Agência Brasil
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