Uma auditoria interna da Petrobras apontou a existência de descontrole nas obras da Refinaria Abreu e Lima (Renest), construída em Pernambuco, além de formação de cartel entre as empreiteiras participantes da licitação. A Renest é uma das maiores obras da Petrobras investigadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).
O ex-diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, já havia dito no começo do ano que o custo inicial das obras da refinaria havia sido calculado numa “conta de padeiro”, insinuando que não havia sequer um projeto definido para tocar o empreendimento. O mesmo voltou a se repetir quando as obras se encontravam com andamento avançado.
Os problemas de planejamento e execução no andamento do projeto fizeram com que os custos com a refinaria pernambucana ficassem cerca de R$ 4 bilhões mais caros que o valor previsto inicialmente.
Além disso, foram encontradas irregularidades nos processos licitatórios. Dos 23 analisados pela auditoria, em 13 deles os licitantes não atendiam aos critérios definidos e os contratos aproximaram-se do teto estimado pela engenharia.
De acordo com o texto da auditoria, esses fatos, somados com os depoimentos de Paulo Roberto Costa, apontam para a “possibilidade da existência de um processo de cartelização relativos às empresas indicadas no processo”.
Concluída no último mês de novembro, a auditoria foi convocada no início de abril, com o surgimento das primeiras informações sobre o escândalo de corrupção na estatal petrolífera. O relatório final está anexado à Lava Jato.
UOL
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