quinta-feira, novembro 20, 2014

Reportagem fotográfica registra população atingida por barragens na Amazônia antes, durante e após a construção de hidrelétricas

Para viabilizar o novo momento do projeto “Águas para a Vida”, o fotógrafo Joka Madruga aderiu ao Crowdfunding, uma ‘vaquinha virtual’ onde as pessoas auxiliam financeiramente a realização de um projeto e recebem em troca uma recompensa (http://www.kickante.com.br/aguasparavida).
Famílias que moram em palafitas, em área que será alagada pela usina de Belo Monte. Foto: Joka Madruga/Terra Livre Press

Joka Madruga, repórter fotográfico paranaense, está se organizando para desbravar os rios Tapajós, Xingu e Madeira com o intuito de fotografar o antes, o durante e o depois da construção de barragens das usinas hidrelétricas de Jirau, Santo Antônio, Complexo Tapajós e Belo Monte. O registro fotográfico atende pelo título de “Águas para a Vida” e pretende trazer à tona os impactos sociais que as obras acarretarão no cotidiano das pessoas atingidas e também ambientais na natureza ao redor destes locais. A distribuição das fotografias será gratuita para Sites de Notícias, ONGs, Sindicatos, Associações e Blogs.

O projeto “Águas para a Vida” teve início em 2013 quando Joka Madruga, a convite do Movimento dos Atingidos por Barragens, registrou a população atingida por barragens em Altamira e Itaituba, no Pará. Uma das imagens foi escolhida para ser exposta no prédio das Organizações das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.

“Ao documentar todo o processo que uma usina hidrelétrica causa no meio ambiente, pretendo mostrar quem são os maiores atingidos. Vale ressaltar que o Projeto não é contra o progresso e o desenvolvimento, mas é um meio de expressar a realidade vivida pela população afetada, além de ser também um mecanismo de conscientização sobre o consumo da energia elétrica”, ressalta Joka Madruga.

Para viabilizar este novo momento do projeto “Águas para a Vida”, o fotógrafo aderiu ao Crowdfunding, uma ‘vaquinha virtual’ onde as pessoas auxiliam financeiramente a realização de um projeto e recebem em troca uma recompensa (http://www.kickante.com.br/aguasparavida).

Dentro desse espírito de solidariedade e de consciência social Joka Madruga espera arrecadar R$ 40 mil reais até o dia 12 de dezembro de 2014. O valor é o suficiente para custear deslocamento, alimentação e hospedagem durante 30 dias do fotógrafo.

As contribuições vão desde R$ 20,00, o que dá direito a um papel de parede virtual com imagem do Projeto para uso em computador, tablet e celular; até R$ 4.000,00, que oferece 15 fotos digitais do Projeto, três fotos impressas, camiseta com foto do Projeto na estampa e publicidade nas redes sociais diretas do Projeto durante seis meses.

O autor

Joka Madruga (www.jokamadruga.com) é repórter fotográfico com registro profissional no Ministério do Trabalho e Emprego, associado à Arfoc (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos) e vive em Curitiba, há 16 anos. É editor da agência de fotojornalismo Terra Livre Press, que colabora com movimentos sociais, sindicatos e ONG’s.

Esteve em 2012 na Venezuela para fotografar o Encontro da Juventude Latino-americana nas cidades de Caracas, Valera e Trujillo. No ano seguinte esteve na Guatemala para realizar reportagem fotográfica sobre assassinato e perseguição a sindicalistas.

Fonte: Envolverde

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