Ministro Gilberto Carvalho no Xingu (Foto: Mario Vilela/Funai)
Mais 500 anos
“Ele é um canalha. O que ele está falando é o que ele diz desde quando ocupamos Belo Monte em 2012. Isso daí não é novidade pra gente. O que o governo brasileiro está fazendo é a mesma coisa que faz há mais 500 anos. Mas tudo bem, a luta fica melhor assim. Vamos seguir existindo e resistindo por mais 500 anos” - Ademir Kaba, professor, sociólogo e liderança Munduruku do Movimento Ipereg Ayu, ao comentar a entrevista de Gilberto Carvalho, ministro – blog Autodemarcação no Tapajos, 12-11-2014.
Espaço cedido
“O crescimento da "resistência ideológica e econômica fortíssima à questão indígena" leva Gilberto Carvalho a uma conclusão mais ampla, como causa: "A direita cresce porque cresce". Mas a verdade é pior. No problema dos indígenas, a ação "da direita" cresceu porque o governo lhe cedeu espaço e força. E é duvidoso que busque recuperá-los” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
Curvaturas
“Gilberto Carvalho acentua a deficiência, com resultados graves, "de diálogo com os principais atores na economia", por falta de "competência e clareza" do governo. Sem dúvida. Nesse caso, ainda que mantido o diagnóstico do ministro, a responsabilidade deve ser compartilhada pelos dois lados. Os "principais atores na economia" investiram muito na pressão e na chantagem. No país em que ter dinheiro é tudo, os portadores deste justificado sentimento, ainda por cima, chegaram a Dilma viciados por 16 anos de Fernando Henrique e Lula e respectivas curvaturas” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
A força da ‘força moral’
“Força moral”, eu sei, não é um poder reconhecido num mundo regido pela ganância e pelo cinismo. Nem na esquerda, na qual soa como sentimentalismo burguês inútil. Mas há dias li uma matéria da Naomi Klein (canadense, autora de No Logo, A Doutrina do Choque e outros livros de crítica aos desmandos do capitalismo) que trouxe um novo alento a este coração ingênuo. Naomi comparava a campanha pela abolição da escravatura ao atual movimento para salvar o planeta das agressões dos humanos à natureza, que estão nos levando para uma cucuia de proporções ainda indefinidas. E ela lembra que foi uma revolta contra a desumanidade da escravidão, portanto uma reação moral, que forçou a abolição. Não foi pouco o que o império britânico, por exemplo, perdeu junto com o direito de explorar a escravidão. Só as suas plantações de açúcar no Caribe no século 18, totalmente dependentes do trabalho escravo, davam mais lucro aos ingleses do que todas as suas outras colônias reunidas. E foi no parlamento inglês que a revolta moral contra a escravidão tomou forma relevante, apressando a abolição. Nos Estados Unidos, entre várias outras razões econômicas e geopolíticas para forçar o Sul a renunciar à escravidão, sua simples imoralidade anticristã foi decisiva. No Brasil só demoramos um pouco mais para nos escandalizarmos” – Luís Fernando Verissimo, escritor –Zero Hora, 13-11-2014.
Haitianos no Rio Grande do Sul
“São cerca de 5,5 mil. Um terço completou ou estava cursando faculdade. 70% pretendem trazer suas famílias para o Brasil. Estão migrando do setor metal mecânico para abatedouros de aves e serviços. A pesquisa coordenada pelo professor Jurandir Zamberlam será apresentada hoje, no Seminário de Mobilidade Humana do Rio Grande do Sul. É das 9h às 17h, no Auditório do Palácio da Justiça, em Porto Alegre” – Túlio Milman, jornalista – Zero Hora, 13-11-2014.
Conselho Tutelar
"Parecem crianças cuja mãe viajou e decidiram tocar fogo na casa" – de um petista diante do festival de declarações bombásticas de ministros e brigas no primeiro escalão – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
Meu chão
“A gestão para que Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, ocupe uma secretaria no governo de Fernando Haddad em SP foi abortada. Carvalho não quer sair de Brasília, ainda que não permaneça no ministério de Dilma. E aceitaria até um cargo de segundo escalão no governo para ficar na cidade” – Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
Santa lembrança
“O prefeito Fernando Haddad participou de cerimônia em homenagem aos 35 anos de morte do operário Santo Dias, no cemitério Campo Grande, na zona sul de SP. O filho do trabalhador assassinado durante a ditadura militar, Santo Dias da Silva Filho, e o bispo dom Angélico Sândalo Bernardino também estiveram no local, no fim de semana” –Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
Não é pra qualquer um...
“Um curso de Business (administração), o mais procurado pela brasileirada, custa uns US$ 60 mil por ano — com moradia, mensalidade, alimentação e transporte. Ao final de quatro anos, tempo do curso, o custo é de uns R$ 600 mil” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 12-11-2014.
Sem emprego
“Sabe a notícia que saiu aqui, ontem, sobre o casamento superluxuoso do sobrinho de um banqueiro carioca em Itacaré, na Bahia? O padrinho que bateu na namorada foi demitido do banco pelo tio do noivo” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 12-11-2014.
Vamos denunciar, gente!
"Esta filipeta com a pergunta “Você conhece alguma vítima de homofobia?” vai ser distribuída domingo, em Copacabana, durante a Parada Gay. É que uma pesquisa feita em 2011, pela Coordenadoria da Diversidade, da prefeitura do Rio, revelou que 66% dos LGBTs entrevistados sofreram homofobia e, por medo ou vergonha, não denunciaram" – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 12-11-2014.
Herança
“Uma parte, reparte, cem pra mim, cem pra você / No ar-condicionado, um engravatado vai metendo a mão / Na fila, o pobre coitado é quem sofre o efeito da ilicitação” - Arlindo Cruz, André Diniz, Leonel e Evandro Bocão, compositores de Ilicitação, no CD Herança Popular – O Globo, 12-11-2014.
“Ele é um canalha. O que ele está falando é o que ele diz desde quando ocupamos Belo Monte em 2012. Isso daí não é novidade pra gente. O que o governo brasileiro está fazendo é a mesma coisa que faz há mais 500 anos. Mas tudo bem, a luta fica melhor assim. Vamos seguir existindo e resistindo por mais 500 anos” - Ademir Kaba, professor, sociólogo e liderança Munduruku do Movimento Ipereg Ayu, ao comentar a entrevista de Gilberto Carvalho, ministro – blog Autodemarcação no Tapajos, 12-11-2014.
Espaço cedido
“O crescimento da "resistência ideológica e econômica fortíssima à questão indígena" leva Gilberto Carvalho a uma conclusão mais ampla, como causa: "A direita cresce porque cresce". Mas a verdade é pior. No problema dos indígenas, a ação "da direita" cresceu porque o governo lhe cedeu espaço e força. E é duvidoso que busque recuperá-los” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
Curvaturas
“Gilberto Carvalho acentua a deficiência, com resultados graves, "de diálogo com os principais atores na economia", por falta de "competência e clareza" do governo. Sem dúvida. Nesse caso, ainda que mantido o diagnóstico do ministro, a responsabilidade deve ser compartilhada pelos dois lados. Os "principais atores na economia" investiram muito na pressão e na chantagem. No país em que ter dinheiro é tudo, os portadores deste justificado sentimento, ainda por cima, chegaram a Dilma viciados por 16 anos de Fernando Henrique e Lula e respectivas curvaturas” – Janio de Freitas, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
A força da ‘força moral’
“Força moral”, eu sei, não é um poder reconhecido num mundo regido pela ganância e pelo cinismo. Nem na esquerda, na qual soa como sentimentalismo burguês inútil. Mas há dias li uma matéria da Naomi Klein (canadense, autora de No Logo, A Doutrina do Choque e outros livros de crítica aos desmandos do capitalismo) que trouxe um novo alento a este coração ingênuo. Naomi comparava a campanha pela abolição da escravatura ao atual movimento para salvar o planeta das agressões dos humanos à natureza, que estão nos levando para uma cucuia de proporções ainda indefinidas. E ela lembra que foi uma revolta contra a desumanidade da escravidão, portanto uma reação moral, que forçou a abolição. Não foi pouco o que o império britânico, por exemplo, perdeu junto com o direito de explorar a escravidão. Só as suas plantações de açúcar no Caribe no século 18, totalmente dependentes do trabalho escravo, davam mais lucro aos ingleses do que todas as suas outras colônias reunidas. E foi no parlamento inglês que a revolta moral contra a escravidão tomou forma relevante, apressando a abolição. Nos Estados Unidos, entre várias outras razões econômicas e geopolíticas para forçar o Sul a renunciar à escravidão, sua simples imoralidade anticristã foi decisiva. No Brasil só demoramos um pouco mais para nos escandalizarmos” – Luís Fernando Verissimo, escritor –Zero Hora, 13-11-2014.
Haitianos no Rio Grande do Sul
“São cerca de 5,5 mil. Um terço completou ou estava cursando faculdade. 70% pretendem trazer suas famílias para o Brasil. Estão migrando do setor metal mecânico para abatedouros de aves e serviços. A pesquisa coordenada pelo professor Jurandir Zamberlam será apresentada hoje, no Seminário de Mobilidade Humana do Rio Grande do Sul. É das 9h às 17h, no Auditório do Palácio da Justiça, em Porto Alegre” – Túlio Milman, jornalista – Zero Hora, 13-11-2014.
Conselho Tutelar
"Parecem crianças cuja mãe viajou e decidiram tocar fogo na casa" – de um petista diante do festival de declarações bombásticas de ministros e brigas no primeiro escalão – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
Meu chão
“A gestão para que Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, ocupe uma secretaria no governo de Fernando Haddad em SP foi abortada. Carvalho não quer sair de Brasília, ainda que não permaneça no ministério de Dilma. E aceitaria até um cargo de segundo escalão no governo para ficar na cidade” – Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
Santa lembrança
“O prefeito Fernando Haddad participou de cerimônia em homenagem aos 35 anos de morte do operário Santo Dias, no cemitério Campo Grande, na zona sul de SP. O filho do trabalhador assassinado durante a ditadura militar, Santo Dias da Silva Filho, e o bispo dom Angélico Sândalo Bernardino também estiveram no local, no fim de semana” –Mônica Bergamo, jornalista – Folha de S. Paulo, 13-11-2014.
Não é pra qualquer um...
“Um curso de Business (administração), o mais procurado pela brasileirada, custa uns US$ 60 mil por ano — com moradia, mensalidade, alimentação e transporte. Ao final de quatro anos, tempo do curso, o custo é de uns R$ 600 mil” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 12-11-2014.
Sem emprego
“Sabe a notícia que saiu aqui, ontem, sobre o casamento superluxuoso do sobrinho de um banqueiro carioca em Itacaré, na Bahia? O padrinho que bateu na namorada foi demitido do banco pelo tio do noivo” – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 12-11-2014.
Vamos denunciar, gente!
"Esta filipeta com a pergunta “Você conhece alguma vítima de homofobia?” vai ser distribuída domingo, em Copacabana, durante a Parada Gay. É que uma pesquisa feita em 2011, pela Coordenadoria da Diversidade, da prefeitura do Rio, revelou que 66% dos LGBTs entrevistados sofreram homofobia e, por medo ou vergonha, não denunciaram" – Ancelmo Gois, jornalista – O Globo, 12-11-2014.
Herança
“Uma parte, reparte, cem pra mim, cem pra você / No ar-condicionado, um engravatado vai metendo a mão / Na fila, o pobre coitado é quem sofre o efeito da ilicitação” - Arlindo Cruz, André Diniz, Leonel e Evandro Bocão, compositores de Ilicitação, no CD Herança Popular – O Globo, 12-11-2014.
Fonte: IHU Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.