terça-feira, novembro 25, 2014

Capoeira pode se tornar Patrimônio Cultural da Humanidade nesta quarta-feira (26)

Grupo de Capoeira Embondeiro de Petrolândia - foto: Blog de Assis Ramalho

Nesta quarta-feira (26), a capoeira deverá ser reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) como Patrimônio da Humanidade, na sede da instituição em Paris, onde a 9ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural anunciará sua decisão.

Fernando de Noronha tem uma forte ligação com a história da capoeira no país, quando a arte era considerada uma contravenção. De acordo com a historiadora Marieta Borges, que pesquisa sobre o arquipélago há mais de 30 anos nos tempos da monarquia, quando a Capoeira era praticada principalmente entre os escravos, o castigo para quem assim procedesse era cerca de 300 chibatadas (em 1820) e prisão em calabouço e cem açoites (em 1825). "A maior perseguição aos capoeiras se deu em 1890, 1891 e 1904. Foi o tempo em que muitos desses “subversivos” foram deportados para lugares distantes, como o Acre (461 homens) e a Ilha das Cobras (950 detidos) e, sobretudo, na sua maioria e a partir de 1890, para o arquipélago de Fernando de Noronha, onde funcionava uma Colônia Correcional, desde a sua definitiva ocupação (em 1737), para presos comuns de Pernambuco e que, naquela época, estava temporariamente subordinada ao Ministério da Justiça (entre 1877 / 1891)", explica a historiadora.

Assessoria do Governo de Pernambuco

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