Os policiais federais reclamam que o governo federal não cumpriu o acordo assinado no final da greve de 2012, que inclui a modernização da carreira na PF e o reconhecimento das atividades realizadas por todos servidores, ainda regidos por leis da época da ditadura militar.
"O estopim da greve é a recente Medida Provisória 657, que atropelou o longo período de negociações entre a Fenapef e o governo, ignorou as dezenas de propostas de modernização e beneficiou somente o cargo de delegado, criando uma espécie de concurso para chefe no serviço público federal", diz a nota. "Nos corredores da PF, a Medida Provisória é chamada de 'MP da Chantagem'. O motivo é a sua publicação na semana em que ocorreram os vazamentos do escândalo da Petrobras. A MP não reconhece os demais policiais, investigadores ou peritos, como autoridades competentes", acrescenta.
Conforme o presidente da Fenapef, Jones Borges Leal, afirma na nota, a MP 657, em vez de reconhecer os avanços da PF dos últimos anos, volta no tempo para criar um cargo político dentro da polícia, tornando o órgão mais dividido e burocrático. "Estão recriando a polícia fascista da ditadura militar, que não funciona, mas é fácil de controlar pelas indicações dos cargos de chefia", diz.
Estadão
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