O presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o ministro de Meio Ambiente do Peru, Manuel Pulgar-Vidal, farão a apresentação do documento no domingo. Segundo Pachauri, a síntese funcionará como guia para que os desenvolvedores de políticas públicas consigam chegar a um acordo para redução das emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pela elevação da temperatura do planeta.
As negociações para um tratado climático global, com metas mais rigorosas para as nações, continuarão na 20ª Conferência do Clima, prevista para dezembro deste ano, em Lima, no Peru, e serão concluídas na COP-21, no ano que vem, em Paris, na França.
A elaboração do quinto relatório do IPCC contou com a participação de 830 cientistas de 80 países, divididos em três grupos de trabalho. Os resultados de cada grupo foram divulgados em três documentos diferentes, ao longo dos últimos 13 meses. A síntese, elaborada esta semana em Copenhague, abordará as principais conclusões e orientações dos cientistas.
“O relatório garante o conhecimento necessário para tomada de decisões bem fundamentadas e para construção de um futuro melhor e mais sustentável. Com ele, entenderemos melhor as razões pelas quais devemos agir, bem como as sérias consequências de não agirmos”, enfatizou Pachauri.
Por videoconferência durante a abertura do evento, a secretária-executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, Christiana Figueres, disse que "o quinto relatório é o mais atual e influente trabalho científico em mudanças climáticas já feito no mundo". O ministro do Clima e Energia da Dinamarca, Rasmus Helveg Petersen, enfatizou que, se não houver ação imediata para conter as mudanças climáticas, “a dívida com as futuras gerações será crescente”.
Agência Brasil
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