Cerca de 30 pessoas estavam dentro do edifício na noite desta sexta, mas clima era pacífico (Foto: Reprodução / TV Globo)
A categoria está em greve desde 2 de outubro. Os professores dizem que, para reduzir custos e se enquadrar na lei de responsabilidade fiscal, a Prefeitura chegou a propor que iria demitir mais de cem concursados que estão em estágio probatório, o que não foi aceito pelos docentes.
A segunda proposta foi justamente a extinção dos benefícios, o que também não foi aceito pelos professores. Mesmo assim, a medida foi tomada pela gestão municipal. “Esses são dois benefícios que conquistamos, são direitos nossos. Os quinquênios são reajustes de 5% no salário a cada cinco anos e o auxílio-transporte é um aumento de 25% no salário para quem dá aula na zona rural do município”, explicou a professora Marineuza Trajano.
O grupo de professores ocupou a prefeitura por volta das 16h. Algumas pessoas que saíram para buscar água e comida foram impedidas pela Polícia Militar de entrar novamente no prédio, que fica no Centro de Moreno. Às 21h, segundo Marineuza Trajano, cerca de 30 pessoas estavam dentro do edifício, e o clima era pacífico.
Ela explica que os professores querem apresentar ao prefeito Adilson Gomes Filho uma proposta de redução de custos que não prejudica tanto a categoria. “Uma das nossas propostas é ele que reduza em 10% os cargos comissionados com altos salários, mas ele só tirou um grupo de 20 e poucas pessoas que ganhavam salários baixos. Esse tipo de desmando que a gente não consegue aceitar. Nós só vamos sair [do prédio] quando o prefeito aceitar negociar”, disse.
O secretário de Segurança de Moreno, coronel Carlos Feitosa, garantiu que o prefeito está aberto às negociações, mas somente a partir da segunda (20). Na última quarta (16), a Prefeitura publicou nota afirmando que, nos últimos dias, a “gestão realizou diversas tentativas de negociação apresentando duas propostas concretas aos professores e ressaltando a necessidade da volta às aulas na rede pública de ensino, principalmente nesse período que é o final do ano letivo”.
A Prefeitura ainda informou na nota que “vai seguir com o diálogo para que a categoria volte a discutir e assim chegar a um consenso para que as atividades escolares voltem o mais rápido possível.” Os professores disseram ao G1 que farão um ato público neste sábado (18), às 9h, na Praça da Bandeira, no Centro da cidade.
G1 Pernambuco
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