Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, nos Estados Unidos e na Espanha.
O número aumentou com a entrada no hospital, durante a noite de quinta-feira (9), de cinco homens e duas mulheres, tendo sido dada alta a um enfermeiro, também nas últimas horas, depois de as análises terem dado negativas. Todos os casos, exceto o da mulher infectada, são considerados assintomáticos, segundo a mesma fonte.
O “caso em investigação” é o de uma enfermeira, que já teve uma primeira análise negativa e espera ainda a segunda, que é realizada normalmente 72 horas após a primeira.
Os casos sob observação, em razão de “contatos de risco”, envolvem o marido de Teresa Romero, cinco outros homens - três médicos, um enfermeiro e um funcionário sanitário - e seis mulheres - duas médicas, duas enfermeiras e duas cabeleireiras. Estas últimas, que deram entrada no hospital nas últimas horas, estão sob observação porque depilaram a paciente infectada, segundo fontes hospitalares.
Não há nova informação sobre o estado de saúde de Teresa Romero Ramos, cuja condição tinha se agravado na manhã de quinta-feira (9). A investigação sobre as circunstâncias da infecção sugere que uma cadeia de erros permitiu o contágio da auxiliar de enfermagem.
Ela admitiu que tocou o rosto depois de retirar a roupa protetora que usou quando entrou no quarto do missionário Manuel García Viejo, o segundo espanhol que morreu por causa do vírus. Ele foi transferido da África e morreu em Madri.
Funcionários sanitários continuam culpando as autoridades pela falta de formação dada às equipes envolvidas na resposta ao ebola. Os servidores têm dúvidas sobre o tipo de roupas protetoras usadas e outros procedimentos.
Segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde, de quarta-feira (8), a epidemia já causou a morte de mais de 3,8 mil pessoas. Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri são os países mais atingidos pela epidemia, que também já causou mortes na Nigéria, nos Estados Unidos e na Espanha.
O ebola, que se transmite por contato direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados, foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.
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Agência Lusa em Agência Brasil
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