O ebola, que se transmite por contato direto com o sangue, líquidos ou tecidos de pessoas ou animais infectados, foi identificado pela primeira vez em 1976. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade é elevada. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.
Segundo o último balanço da OMS, o ebola causou mais de 4,5 mil mortos em cerca de 9 mil casos registrados na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné-Conacri, os mais afetados. Também houve registros na Nigéria, no Senegal, na Espanha e nos Estados Unidos.
A chegada do vírus ebola à Nigéria, a mais populosa nação africana, a principal economia e o maior produtor de petróleo, provocou receios da sua rápida disseminação pelo país de 170 milhões de pessoas.
Mas este cenário não ocorreu e especialistas de saúde envolvidos no combate ao surto da febre hemorrágica elogiaram as autoridades por sua resposta rápida.
No total, morreram oito pessoas de 20 casos confirmados na maior cidade da Nigéria, Lagos, e no centro petrolífero de Port Harcourt, tendo sido monitoradas cerca de 900 pessoas para se detectar sintomas da doença.
Além de acompanhamento dos que poderiam ter tido contacto com os doentes, a Nigéria introduziu inspeções de rastreamento médico rigoroso em todos os aeroportos e portos para chegadas e partidas.
A declaração oficial da OMS de país livre da doença em relação à Nigéria ocorre depois de essa condição ter sido dada ao Senegal na sexta-feira (17).
Agência Lusa em Agência Brasil
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