O diretor clínico da Texas Health Resources, consórcio de saúde ao qual pertence o hospital, Daniel Varga, comparece hoje (16) à Câmara dos Representantes, mas o documento que será apresentado por ele já foi difundido por meios de comunicação norte-americanos.
“Infelizmente, cometemos erros no primeiro contato com o paciente contaminado, apesar das melhores intenções nossas e da equipe médica altamente qualificada”, admite Daniel Varga, desculpando-se também por “não ter diagnosticado corretamente os sintomas do ebola”.
O paciente procurou pela primeira vez o Hospital Presbiteriano do Texas no dia 25 de setembro, com febre e dores abdominais, mas os médicos deixaram que ele voltasse para casa com antibióticos, sem levar em consideração que o homem vinha da Libéria. Três dias depois, ele voltou ao hospital e foi colocado sob quarentena.
Varga também reconheceu erros no “esforço de comunicar o que se passava de forma rápida e transparente à opinião pública”, os quais “inquietaram uma comunidade que já estava preocupada e confundida”. O executivo explicou que, devido a esses erros, o hospital adotou “uma série de mudanças baseadas nas lições aprendidas”.
Durante o período em que o paciente ficou internado, pelo menos duas enfermeiras que o atenderam foram infectadas pelo vírus.
O segundo caso de contaminação foi confirmado ontem (15), quando as autoridades norte-americanas colocaram sob alerta todos os passageiros de um voo feito por uma enfermeira, na última segunda-feira (13), entre Cleveland e Dallas, quando ela já apresentava febre.
Fontes governamentais indicaram que ela consultou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, no sentido de saber se poderia fazer a viagem de avião e que foi autorizada.
Após ter sido diagnosticada com o ebola, a paciente foi transferida para o Hospital Emory de Atlanta, que já tratou norte-americanos repatriados da África Ocidental depois de confirmado o diagnóstico.
Entretanto, as autoridades de Dallas planejam divulgar ainda hoje uma declaração de emergência face ao risco de contágio do vírus. A cidade registra uma morte, três casos confirmados e 118 pessoas em potencial risco de contrair o vírus, das quais mais da metade integra o pessoal de saúde.
Agência Brasil
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