Os funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, contudo, podem continuar parados em algumas localidades. É o caso de Porto Alegre, onde os funcionários do BB rejeitaram os termos propostos pelo banco e votaram pela continuidade da paralisação. O mesmo aconteceu com os funcionários da Caixa no Amapá, que votaram contra o fim da paralisação na instituição.
Nos bancos privados, de uma maneira geral, decidiu-se pelo fim da greve. No Rio, capital, até às 20h os empregados dos bancos privados e do BB já haviam votado pelo fim da greve, mas não havia ainda decisão por parte dos bancários da Caixa.
A nova proposta da Fenaban contempla reajuste salarial de 8,5% (ou um aumento real de 2,02% já descontado o INPC em 12 meses até agosto), contra 7,35% oferecidos originalmente. Para o piso da categoria, o reajuste subiu de 8% para 9% (2,49% mais que a inflação), e o valor do vale refeição terá correção de 12%.
— Fizemos uma greve forte durante sete dias, que mobilizou os trabalhadores e fez com que os bancos mudassem sua posição. Conquistamos reajuste de 8,5% e piso de 9%. Com esse índice, em 11 anos, são 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos. Tivemos ainda valorização da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição — disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
Depois de reunir-se com dirigentes dos bancos e ouvir as novas propostas, na sexta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) havia orientado os sindicatos a defender nas assembleias a aprovação das novas propostas de correção de salários. Assembleias ainda não foram encerradas em algumas regiões, mas a tendência, segundo dirigentes sindicais, é a aprovação do fim da paralisação.
O Globo
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