A análise leva em consideração dados apresentados pela AIE (Agência Internacional de Energia), levantados especialmente para este relatório. A ideia é mostrar como a geração de energia eólica pode oferecer, em nível de produção global, redução das emissões de CO2, geração de empregos e redução de custos e investimentos.
“A partir da urgência em reduzir as emissões de CO2, a energia eólica surgiu como a opção de melhor custo-benefício, barateando a produção, reduzindo o nível de poluição global e garantindo o fornecimento de energia em todo o mundo”, afirma Steve Sawyer, diretor executivo do Conselho Global de Energia Eólica.
A queima de combustíveis fósseis faz o setor energético responsável por mais de 40% das emissões de CO2 e 25% das emissões totais de gases que causam o efeito estufa. Para cumprir as metas de proteção climática, um dos principais focos deve ser a produção de energia. O potencial energético que a geração eólica apresenta é ideal para iniciarmos o processo de redução das emissões de carbono para manter o aumento da temperatura global a 2ºC ou menos.
“As políticas de incentivo e as lideranças devem estar alinhadas nesse processo para que a produção de energia a partir de fontes limpas se fortaleça cada vez mais, visando alcançar um acordo climático na Conferência do Clima em 2015, em Paris”, disse Sven Teske, da campanha de energia do Greenpeace Internacional.
Instalações de energia eólica totalizaram 318GW no mundo todo até o final de 2013 e a indústria está preparada para crescer mais 45GW até o fim de 2014.
“Investir em novas renováveis, como a energia eólica e a solar, é o único caminho que temos para garantir que nossa crescente demanda por energia vá ser atendida sem que isso cause danos socioambientais, como as grandes hidrelétricas, ou pese no bolso do consumidor, como as térmicas”, afirma Barbara Rubim, da campanha de energia do Greenpeace Brasil.
No Brasil, estima-se que a energia eólica seja responsável por 11,6% da produção energética e pela criação de 17 mil empregos em 2030. O caminho para chegar a esses números começou a ser traçado em 2009, com o primeiro leilão exclusivo para a fonte. Os frutos desse leilão já começaram a ser colhidos em 2013, quando a fonte eólica teve contratação recorde de 4,7GW, e um preço médio que desbancou as térmicas.
Fonte: Greenpeace em Envolverde
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