Assim que optou pela demissão de Ricardo Gareca, Dorival se tornou o favorito do presidente Paulo Nobre para o cargo. Na visão dele, seria importante nesse momento ter um técnico identificado e que conhecesse a história do clube, para ajudar a superar a atual crise, ainda mais com a proximidade da eleição, em novembro. A experiência também pesou a favor dele, que não é tratado como aposta.
O salário de R$ 200 mil, mais metas, oferecido pelo clube, é considerado baixo para os padrões do futebol, mas agradou ao treinador. Em comparação ao antecessor Ricardo Gareca, o fato de ele ser brasileiro e falar português também é tido como um diferencial para melhorar a equipe. A troca de técnicos no Flamengo, que após a entrada de Vanderlei Luxemburgo venceu cinco jogos seguidos no Brasileirão, é vista como um exemplo positivo pela cúpula alviverde.
O namoro de Dorival Junior com o Palmeiras é antigo. Até pela história que ele tem como atleta no clube. Em maio, clube e técnico chegaram a se reunir após a saída de Gilson Kleina. Mas a diretoria alviverde optou pela contratação do argentino Ricardo Gareca, demitido na última segunda-feira após um histórico de 13 jogos (oito derrotas, quatro vitórias e um empate).
Dorival Junior já tem bagagem como técnico. Começou em 2002 no interior de São Paulo, depois passou por Figueirense, Fortaleza, Criciúma, Juventude, Sport e São Caetano. Após dirigir o clube do ABC paulista, o treinador ganhou maior projeção, comandando nos anos seguintes Cruzeiro, Coritiba, Vasco (duas vezes), Santos, Atlético-MG, Inter, Flamengo e Fluminense.
Sobrinho de Dudu, um dos maiores ídolos da história do Palmeiras, Dorival Junior também teve passagem como jogador do clube. Foi de 1989 a 1992. Muito embora o Verdão ainda estivesse na fila de títulos (durou 17 anos e acabou em 1993), o agora técnico teve destaque.
A missão de Dorival Junior agora como técnico também é complicada no Palmeiras: evitar que o clube seja rebaixado pela terceira vez para a Série B do Campeonato Brasileiro. Na 16ª posição, com 17 pontos, o Verdão está à beira da zona de rebaixamento. Em 18 rodadas foram apenas cinco vitórias. Houve ainda dois empates e 11 derrotas. O aproveitamento é de 31,5%.
Por Felipe Zito e Marcelo Hazan
G1 São Paulo
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