“Eles se apresentavam como policiais, usavam giroflex e armamento
próprio. A simulação da abordagem era feita, eles pediam os documentos
e, a partir do momento que eles conseguiam ter acesso a cabine do
caminhão, a vítima era rendida, levada para outro carro e a parte
traseira do veículo conhecida como ‘cavalo’ era colocada no caminhão da
quadrilha.
A investigação começou há cerca de três meses, mas o grupo atuava em Sergipe há um ano. Eles também agiam na Bahia, Goiás e Minas Gerais e os componentes não tinham residência fixa, o que dificultou a localização deles.
Com a dupla foram apreendidas placas frias, giroflex, documentos falsos e bloqueadores de sinal de rastreadores e celulares. A quadrilha tinha membros especializados no uso desses equipamentos, além de um galpão no município de Irará, na Bahia. Outros dois membros da organização criminosa foram capturados em maio deste ano pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Itaporanga D'Ajuda (SE).
“Eles se apresentavam como policiais, usavam giroflex e armamento próprio. A simulação da abordagem era feita, eles pediam os documentos e, a partir do momento que eles conseguiam ter acesso a cabine do caminhão, a vítima era rendida, levada para outro carro e a parte traseira do veículo conhecida como ‘cavalo’ era colocada no caminhão da quadrilha. A vítima ficava amarrada em um matagal até a operação ser finalizada com o material entregue no receptador ou no galpão”, explica o delegado Hildemar Rios. Essa operação era executada em questão de horas.
O valor da carga, a possibilidade do repasse e a dificuldade na localização do material roubado eram fatores determinantes na escolha do alvo. “A identificação dos receptadores é importante para a polícia, pois todos serão indiciados e eventualmente presos”, destaca Hildemar.
O homem apontado como um dos líderes da quadrilha já foi identificado, mas está foragido. Segundo a polícia, ele responde a 20 processos por roubo de cargas, homicídios, extorsão mediante sequestro, associação criminosa, estelionato, porte ilegal de arma de fogo, além de envolvimento na morte de um delegado de polícia no estado de São Paulo.
G1 SE
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