Até as 18h10, quando o fogo já estava sob controle, as causas do incêndio ainda eram desconhecidas. Segundo familiares do dono do depósito, o leiloeiro Rogério Menezes, mais de mil carros estavam estacionados no local. Centenas deles foram destruídos e os prejuízos devem ser contabilizados neste domingo (9).
“Eu não sei o que aconteceu. Não acredito em prática criminosa. Por volta das 16h, fomos informados de que um carro teria pegado fogo espontaneamente. Disseram que poderia ter surgido de uma empilhadeira”, disse o filho de Rogério, Edgar Menezes, de 23 anos, muito abalado.
Fumaça negra
A fumaça de coloração escura produzida pelo incêndio pôde ser vista de várias partes da cidade, incluindo o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, que fica próximo. Pousos e decolagens, no entanto, não foram afetados, segundo a assessoria de imprensa do aeroporto.
No depósito, que fica no Mercado São Sebastião, funciona um depósito particular de carros, que iriam a leilão. O fato de haver muitos veículos, compostos por materiais inflamáveis como plástico, tecido, borracha e combustível presentes nos tanques, facilitou a propagação do fogo, segundo Gustavo Cunha Mello, especialista em gerenciamento de risco.
"Por radiação vai transferindo o calor e causando o incêndio nos carros ao lado. O que causou [o fogo] não dá para saber. Tem que aguardar a investigação e o trabalho do Corpo de Bombeiros", explicou o especialista, em entrevista à GloboNews.
Segundo Gustavo Mello, um dos principais riscos para a população no entorno do incêndio é a inalação da fumaça, que carrega uma série de produtos químicos.
"Não pode ser inalada. Se alguém estiver nas proximidades, tem que fechar a janela e, se possível, até se afastar do local (...) As pessoas morrem muito mais pela fumaça do que pelo fogo", explicou.
G1 Rio de Janeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.