O reajuste foi mais alto do que a inflação registrada nos últimos 12 meses que ficou em 6,52%, segundo o IPCA, índice que mede a inflação oficial do País. “O que provocou esse reajuste foi o comunicado das distribuidoras que vão aumentar o preço”, conta o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), Alexandre Borjaili.
Segundo ele, os revendedores não têm condições de absorver esse aumento do custo e não repassá-lo para o consumidor. “Temos muitas despesas para entregar o produto, bancamos os veículos, os funcionários e não temos opção de comprar mais barato, porque não há concorrência de fato.”
Atualmente, todo o GLP comercializado no País é vendido pela Petrobras às distribuidoras, que são os fornecedores dos revendedores. No Estado, existem cerca de 1,7 mil revendedores. “Vamos repassar os quase 10% do aumento cobrado pela distribuidora porque os nossos custos são altos e a margem de lucro é pequena. Em média, temos um lucro de 25% sobre o valor da venda”, afirma o gerente comercial da T Gás Ltda, Rosemberg Silva. A empresa emprega 35 pessoas que trabalham em 10 revendas espalhadas por Camaragibe, Jaboatão e Recife.
O professor Rui Tavares classificou o aumento de “péssimo”, principalmente para quem tem o poder aquisitivo mais baixo. “Ninguém gosta de aumento e os salários não acompanham essa alta dos preços”, comenta. Na residência dele, é consumido um botijão a cada 20 dias. Morador do bairro de Engenho do Meio, ele paga R$ 40 por um botijão e ainda não sabe o preço que a revenda vai cobrar com o novo reajuste.
O último aumento do preço do botijão de gás ocorreu em setembro do ano passado e variou entre 5% e 7%, quando o produto passou a ser vendido, em média, por R$ 45. O preço do gás também varia de acordo com o bairro.
Jornal do Commercio
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