Já o Flu foi vítima de sua própria confiança. A equipe de Cristóvão Borges também se deu o luxo de poupar Conca e Wagner, Fred comemorava seu jogo de número 200 pela equipe, e a torcida sequer se mobilizou para a partida. Foram apenas 4.355 pagantes no Maracanã (4.748 presentes), com renda de R$ 80.400,00. Todos incrédulos ao ver o Tricolor passar por mais um drama no torneio: já são sete eliminações para times de menor expressão em 18 participações. Quedas para o Linhares (1994), Criciúma (1996), Ceará (1997), Paraná (1998), Juventude (1999) e Brasiliense (2002). Além disso, essa não é a primeira derrota dolorosa para um time de Natal no Maracanã. Na estreia pela Série B, em 1998, acabou derrotado para o ABC por 3 a 2 na campanha que culminou com o rebaixamento para a Terceira Divisão.
Agora, o Fluminense corre até o risco de sequer disputar a Copa Sul-Americana. Os representantes brasileiros no torneio serão, entre quem não se classificar na Copa do Brasil, os sete melhores colocados do Campeonato Brasileiro do ano passado. Como terminou em 15º, para não ficar fora vai ter que torcer para o Santos não cair diante do Londrina nesta quinta-feira e continuar na competição nacional. O primeiro jogo entre as equipes terminou 2 a 1 para o time paranaense.
O Tricolor volta a campo agora pelo Campeonato Brasileiro e terá pela frente o clássico contra o Botafogo, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), no Mané Garrincha. Já o América-RN, enquanto aguarda seu adversário na Copa do Brasil, volta suas atenções para a Série B e busca uma recuperação no sábado, às 16h20, contra o Icasa, no Romeirão.
Mecão acredita e surpreende
Antes, parecia um jogo só para cumprir tabela. Com os melhores jogadores poupados dos dois lados do campo: Conca e Wagner pelo Flu, Alfredo e Rodrigo Pimpão pelo América-RN. Mas quando Marcelinho aproveitou falha da zaga tricolor e fez 1 a 0 com 16 minutos de bola rolando... Opa. O Mecão viu que era possível. E o Flu, que precisava acordar. O esquema com Fred na frente e Rafael Sobis recuado, fazendo a função de meia, não deu resultado. E o centroavante só aparecia quando Cícero subia ao ataque. Foi assim que em cinco minutos o time virou. O camisa 9 fez seu gol de número 123 pelo Tricolor, e Cícero, em jogada iniciada pelo companheiro, marcou o segundo, aos 36.
O Flu de fato acordou, mas sentiu um outro golpe. Desta vez foi pancada mesmo. Dividida joelho com joelho de Fred e Max. Pior para o tricolor, que não voltou mais para o segundo tempo. Cmo Walter totalmente fora de ritmo, o time perdeu muita força. Já Max, que seguiu em campo, aproveitou outra falha da defesa do Flu para sair cara a cara com Cavalieri e empatar o jogo. Opa. Novo alerta ligado. Fabrício e Elivélton foram mal, e o Flu sentiu falta de Gum e Henrique. Oliveira Canindé resolveu acreditar e lançou no segunto tempo Rodrigo Pimpão, ex-Vasco, e Alfredo, revelado nas divisões de base do São Paulo junto com Lucas, do PSG, da França. A dupla colocou fogo no jogo e fez o impossível nos últimos 15 minutos. Alfredo virou aos 30 e ampliou aos 37, e Pimpão marcou o gol da classificação aos 45. Isso tudo em meio a um caminhão de gols perdidos pelo Mecão, recompensado no fim.
Globoesporte.com
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