domingo, agosto 10, 2014

Festival de Cinema de Triunfo termina com homenagens e premiação



A noite de encerramento do 7º Festival de Cinema de Triunfo, neste sábado (9), foi de muita emoção. Entre sorrisos, abraços e lágrimas de felicidade, realizadores e público compartilharam a alegria de poder acompanhar, juntos, o final desta jornada que coroou o cinema brasileiro como seu grande protagonista. Desde a chegada do público, que lotou o Teatro Guarany, o clima era de expectativa. Afinal, dentro de instantes, seriam anunciados os vencedores desta edição.

Abrindo a noite, subiram ao palco a secretaria executiva de Cultura de Pernambuco, Patrícia Lessa, o presidente da Fundarpe, Severino Pessoa, que aclamou o festival e a sua importância para a consolidação de um circuito de circulação do audiovisual ainda mais abrangente no estado. “O festival é um momento de congraçamento, em que nós vemos a filmografia do nosso estado e de todo o Brasil muito bem representada”, declarou. Também estiveram presentes abrindo a noite a secretária de Cultura do Recife, Lêda Alves, e o diretor de Cultura de Triunfo, Jean Marins.

Na sequência, foram exibidos os filmes realizados a partir das oficinas de Stop Motion – Sertão Animado, com Gabi Saegeser e Documentando, com Marlon Meirelles. A animação “O dia em que ser Arvilino tocou no inferno” trata de uma das muitas histórias contadas por seu Arvilino, figura popular na cidade. Já o documentário “Quadrado” trouxe à tela grande a emocionante história de Seu Quadrado, artesão cego, que é responsável pela confeccção dos chicotes dos famosos Caretas de Triunfo. Um momento emocionante, onde os aplausos celebraram a singeleza de uma história tão marcante.

Também foi uma noite para reverenciar aqueles que contribuíram e ainda contribuem com a cultura do nosso estado. Além da atriz Magdale Alves, que esteve presente na abertura do festival, também foram homenageados nesta edição do festival o cineasta Fernando Spencer (in memoriam) e o artista Nelson Triunfo. Um vídeo com trechos de imagens de filmes realizados por Fernando Spencer foram exibidos, para relembrar aquele que foi um dos mais importantes realizadores do cinema pernambucano do último século. Fernando Spencer também é, a partir desta edição, o nome que batiza o troféu de premiação na categoria de curtas-metragens pernambucanos.

O dançarino, coreógrafo, arte-educador e ativista cultural Nelson Triunfo também marcou presença na noite de encerramento. A história do Hip Hop, que se confunde com a sua, foi tema do documentário “Triunfo”, exibido em sessão especial. Nelson subiu ao palco e, após receber a honraria da secretária de Cultura do Recife, Lêda Alves, contou um pouco da sua trajetória. “Hoje, num país que carece tanto de bons exemplos, é importante que possamos falar do bons exemplos. Eu sonhei, um dia, batalhei e hoje posso ser exemplo para tantos jovens. Eu que saí do meio dos preás e busquei vencer, com a minha bermuda e o meu cabelo malucão, hoje entro em vários lugares do mundo onde muita gente de terno e gravata não pode entrar”, contou Nelson, que se emocionou ao falar do pai, e relembrou a última vez em que assistiu a uma sessão de cinema, no Cine Theatro Guarany.

E eis que começava, então, a tão aguarda premiação. Na categoria de curtas-metragens, os premiados não esconderam a emoção e, em alguns casos, o nervosismo por ganhar um prêmio, por vezes, inesperado, o que aumentava ainda mais a surpresa. Na categoria de curtas-metragens, o filme “Todos esses dias em que sou estrangeiro”, de Leandro Morotó arrematou quatro prêmios – Prêmio da Federação Pernambucana de Cineclubes, de melhor filme para reflexão, Troféu ABD/APECI, roteiro e ator, para Miguel Arraes.

Já na categoria longa-metragem o grande campeão da noite foi o filme “Tatuagem”, do pernambucano Hilton Lacerda. A produção abocanhou cinco Caretas (dentre eles, o prêmio de melhor ator, dividido entre Iranhdir Santos e Jesuíta Barbosa), e também o prêmio pelo júri popular. “Quando você chega numa cidade como Triunfo, com uma sessão linda e vibrante como foi a do nosso filme, é muito bacana. Eu nunca me liguei tanto nessa coisa de ganhar prêmios . Mas quando você ganha, é legal”. Hilton também fez questão de destacar o trabalho de toda a equipe do filme. “Eu trabalhei com as pessoas que eu mais amo. E é importante você estar rodeado de gente por quem nutre afeto e que é divertida, pra que o trabalho dê certo. Era o que ‘Tatuagem’ precisava e foi isso que aconteceu. Todo mundo da equipe foi muito responsável por todo o resultado. Muita coisa foi feita junto com os próprios atores do filme, como o roteiro das peças apresentadas no Chão de Estrelas, as músicas da trilha. No caso do ‘Tatuagem’, muito mais do que um trabalho coletivo, a gente tinha muita cumplicidade”, concluiu. Além do prêmio de melhor longa-metragem do festival e o de melhor ator, “Tatuagem” ganhou melhor direção, roteiro e trilha sonora, assinada por DJ Dolores.

Após a premiação, o público pode conferir a exibição de “Triunfo”, documentário de Cauê Angeli e Hernani Ramos, que conta a história do Hip Hop no Brasil, a partir da trajetória de Nelson Triunfo, um dos homenageados do festival.

TROFÉU CINECLUBISTA – Melhor filme para reflexão
Prêmio da Federação Pernambucana de Cineclubes

Todos esses dias em que sou estrangeiro (Ficção, 20 minutos, 2013, RJ), de Eduardo Morotó

Comissão FEPEC:
Mozart Oliveira – Secretário Geral da FEPEC.
Ruth Pinho – Coordenadora do Cineclube Curta Doze e Meia
Yuri Farias – Coordenador de comunicação da FEPEC

TROFÉU ABD/APECI
Prêmio da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas e da Associação Pernambucana de Cineastas

Melhor curta-metragem nacional – Todos esses dias em que sou estrangeiro (Ficção, 20 minutos, 2013, RJ), de Eduardo Morotó
Melhor curta-metragem pernambucano – Casa Forte (Ficção, 11 minutos, 2013, PE), de Rodrigo Almeida
Melhor curta-metragem infanto-juvenil – Sexta-série (Ficção, Digital, 18 minutos, 2014, PE), de Cecília da Fonte

Comissão ABD/APECI:
Leon Sampaio
Álvaro Brito
Marcos Santos

PRÊMIOS DO JÚRI POPULAR DE CURTA-METRAGEM DO 7º FESTIVAL DE CINEMA DE TRIUNFO

Menção honrosa – Ser mais que cinza (Ficção, 20 minutos, 2014, PE), de Daniel Figueiredo

Melhor curta-metragem nacional – Pássaro de papel (Animação, 20 minutos, 2014, ES), de Leo Alves, que recebe R$ 4.000,00 (quatro mil reais), além do troféu oficial do festival.

Melhor curta-metragem infanto-juvenil – #Apaixonadinho (Ficção, 13 minutos, 2014, SP), de Alexandre Estevenato, que recebe R$ 4.000,00 (quatro mil reais), além do troféu oficial do festival.

Melhor curta-metragem dos sertões – Sophia (Ficção, 15 minutos, 2013, PB), de Kennel Rógis, que receberá R$ 3.000,00 (três mil reais), além do troféu oficial do festival.

Júri popular das mostras de Curtas:
Paulo César Alves, Bruno Gabriel Pereira de Lima, Dhemetrius di Anggeli e Hiago Martins Ferreira

PRÊMIOS DO JÚRI POPULAR DE LONGA-METRAGEM DO 7º FESTIVAL DE CINEMA DE TRIUNFO

Melhor longa-metragem nacional – Tatuagem (Ficção, 110 min, 2013, PE), de Hilton Lacerda, que recebe R$ 10.000,00 (dez mil reais), além do troféu do festival.

Júri popular das mostras de longas:
Rivaldo Alves Casado Filho, Marcela Cássia Sousa de Melo Benício, Agamenon Gonçalves Lima Filho, Daniel Figueiredo de Oliveira, Marcelo Estima de Almeida e Keyla Syara Quinto Nunes.

PRÊMIOS DO JÚRI OFICIAL DO 7º FESTIVAL DE CINEMA DE TRIUNFO DE CURTA-METRAGEM

Melhor curta-metragem nacional – O gaivota (Animação, 7 minutos, 2014, PE), de Raoni Assis, que recebe R$ 4.000,00 (quatro mil reais), além do troféu oficial do festival.

Melhor curta-metragem pernambucano – Psiu! (Documentário, 20 minutos, 2014, PE), de Antônio Carrilho e Juliana Lima, que recebem R$ 4.000,00 (quatro mil reais), além do Troféu Fernando Spencer.

Melhor curta-metragem infanto-juvenil – #Apaixonadinho (Ficção, 13 minutos, 2014, SP), de Alexandre Estevanato, que recebe R$ 4.000,00 (quatro mil reais), além do troféu oficial do festival.

Melhor curta-metragem os sertões – Capela (Documentário, 12 minutos, 2014, PB0, de Ramon Batista, que recebe R$ 3.000,00 (três mil reais), além do troféu oficial do festival.

Menção honrosa (curta-metragem dos sertões) – Sophia (Ficção, 15 minutos, 2013, PB), de Kennel Rógis.

Melhor Direção – Léo Tabosa, por Tubarão.
Melhor Fotografia – Ricardo Lima, pelo filme Xirê.
Melhor Montagem – Wesley Rodrigues e Luiz Pellizzari, por Viagem na chuva.
Melhor Roteiro – Eduardo Morotó, por Todos esses dias em que sou estrangeiro.
Melhor Direção de Arte – Carlos Mosca, por Cancha, antigamente era mais moderno.
Melhor Trilha Sonora – Karina Burh por Sexta-série.
Melhor Som – Rafael Travassos, por Destinos.
Melhor Ator – Miguel Arraes, pelo filme Todos esses dias em que sou estrangeiro.
Melhor Atriz – Fernanda Chicolet, pelo filme Colostro.

Prêmios Especiais do Júri
A Guerra dos Gibis (Documentário, 19 minutos, 2012, SP), Thiago B. Mendonça e Rafael Terpins
Carne (Ficção, 20 minutos, 2013, PE), Carlos Nigro.

Juri Oficial das Mostras de curtas nacional, pernambucano e infanto-juvenil:
Alexandre Santos Taquary – Realizador dos festivais Curta Taquary e Criancine.
Isabelle Albuquerque – Especialista em Comunicação (UFPE) e desenvolvedora de projetos em gestão de políticas públicas (Ministério da Cultura, PNUD, OEA).
Negobando (Jéfferson Borges Martins) – Produtor, editor, ativista cultural, músico e técnico de som direto.

Júri Oficial da Mostra de curtas dos sertões:
Amanda Ramos – Produtora cultural e cineclubista integrante do Cineclube Curta Doze e meia
Carlota Pereira – Produtor de cinema e televisão
Chico Egídio – Idealizador e produtor do Festival Vale Curtas e do Raiz Mix, Representante do Sertão na Comissão Setorial do Audiovisual de Pernambuco
Marlon Meirelles – Cineasta e produtor.

PRÊMIOS DO JÚRI OFICIAL DO 7º FESTIVAL DE CINEMA DE TRIUNFO DE LONGA-METRAGEM
Melhor longa metragem nacional 35 mm ou Digital – Tatuagem (Ficção, 110 minutos, 2013, PE), Hilton Lacerda, que recebe R$ 10.000,00 (dez mil reais) além do troféu oficial do Festival.
Melhor Direção – Hilton Lacerda pelo filme Tatuagem.
Melhor Fotografia – Fernando Lockett, pelo filme amor plástico e barulho
Melhor Montagem – Carla Osório e Daniel Barbosa, por Cidade de Deus – 10 anos depois
Melhor Roteiro – Hilton Lacerda, por Tatuagem.
Melhor Direção de Arte – Sérgio Silveira, pelo filme Pobres Diabos.
Melhor Trilha Sonora – Dj Dolores, por Tatuagem.
Melhor Som – Pedro Sá Eart e Daniel Martins, por Cidade de Deus – 10 anos depois
Melhor Ator – Irandhir Santos e Jesuíta Barbosa, pelas atuações em Tatuagem
Melhor Atriz – Nash Laila, por Amor Plástico e Barulho.

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