"A educação é o principal caminho para o enfrentamento à violência porque a maior causa da criminalidade no País está na evasão escolar e as autoridades ainda não entenderam isso", disse Fenelon, diante de uma plateia de quase mil professores e estudantes da rede pública de ensino. Por sua vez, Manoel Dias enfatizou que "a educação no Sertão do Araripe não está mais abandonada porque o Ministério Público voltou-se para as escolas da região". Em seguida, lembrou que "não trabalhamos somente com as mãos das pessoas, mas com a alma de todos que se entregam a este projeto".
Em breve pronunciamento, o prefeito Welison Jean Moreira Saraiva disse concordar com o discurso do procurador-geral de Justiça. "Estou convicto de que é só por meio da educação que poderemos mudar o mundo para melhor". Ainda durante a solenidade, a coordenadora da 17ª Gerência Regional de Educação (GRE), Maria Juscileide Lopes de Alencar, disse que "cada um de nós aqui reunidos pode dar sua parcela de contribuição para construir a paz social com a qual tanto sonhamos".
O projeto, que elenca uma série de providências a serem adotadas pelas escolas para combater atos indisciplinares e infracionais, já foi lançado nos municípios de Araripina, Trindade, Ouricuri, Ipubi, Bodocó, Santa Cruz, Granito e Santa Filomena, com participação de mais de 10 mil alunos. De acordo com o projeto, tanto a direção das escolas quanto os professores deverão estar atentos aos casos de bullying, uma vez que é por meio deste ato que muitas práticas infracionais e indisciplinares acontecem.
O projeto prevê, ainda, que os estudantes precisam ser orientados sobre direitos, deveres e cidadania e que as escolas devem promover círculos de debates voltados à escuta dos adolescentes quanto a problemas existentes e à prevenção e mediação de conflitos. As unidades de ensino também deverão promover a capacitação de professores, por meio de cursos, para que os profissionais aprendam a lidar diretamente com o bullying e conheçam suas nuances. As escolas terão que atentar para a questão da evasão escolar. Quanto a esta problemática, os educadores deverão identificar os alunos que estão nesta situação e procurar encaminhá-los de volta ao convívio acadêmico.
O MPPE recomendou às escolas que aprofundem o conhecimento sobre a difusão das situações de violência, isto é, conheçam as taxas reais de vitimização e de reincidência de autoria. No documento, os promotores de Justiça ressaltam ainda que a escola precisa repensar seus currículos escolares para trabalhar valores e levar os alunos a compreender que precisam ter limites em suas atitudes e que é preciso cultivar o respeito a todos. Cada unidade escolar de Exu terá que enviar à Promotoria de Justiça um relatório detalhado que indique as situações de violência ocorridas, as providências tomadas e ações e resultados da implementação da cultura de paz nas escolas.
Entre outras autoridades, participaram da solenidade em Exu os promotores de Justiça Elson Ribeiro, Érico de Oliveira Santos, Bruno de Brito Veiga, Diógenes Luciano Nogueira e Paulo Augusto de Freitas Oliveira; a secretária municipal de Educação de Exu, Neuza Maria Alves Bacurau; delegada de Polícia Lívia Maria Peixoto, e major PM Lenilton Maurício.
MPPE
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