Vídeo e fotos mostram restos metálicos em área desértica.
Segundo a França, nenhuma das 118 pessoas a bordo sobreviveu.
Investigadores no local do desastre no norte do Mali concluíram que o avião se partiu quando atingiu o solo, disseram, sugerindo que isso indica ser improvável ter sido alvo de um atentado.
A presidência francesa informou que havia 118 pessoas a bordo, 112 passageiros e seis tripulantes, e não 116, como foi informado anteriormente.
Uma coluna de 100 soldados e 30 veículos das forças francesas estacionadas na região chegou ao local na manhã desta sexta para proteger a área da queda, perto da cidade de Gossi, no norte malinês, e recuperar os corpos, informou uma autoridade do Ministério da Defesa.
O avião da Air Algerie desapareceu na quinta-feira (24) com 116 pessoas a bordo, entre elas seis tripulantes espanhóis e 50 passageiros franceses, quando se dirigia de Uagadugu a Argel. Os destroços da aeronave foram localizados por um avião teleguiado das forças francesas presentes no Mali, levando um destacamento de soldados franceses a se dirigir ao local por terra.
"O que já sabemos é que os destroços do avião estão concentrados em um espaço limitado, mas ainda é muito cedo para tirar conclusões", indicou Hollande. "Há hipóteses, em particular climáticas, mas não descartamos nenhuma porque queremos saber tudo o que aconteceu", acrescentou.
Após a confirmação, o presidente François Hollande manifestou solidariedade com os parentes e pessoas próximas das vítimas.
Dois caças procedentes de uma base francesa nessa região da África realizaram voos de reconhecimento no Mali para tentar encontrar a aeronave. Depois, os caças foram substituídos por um avião militar C-130 e helicópteros franceses.
Hollande, assim como fez anteriormente o ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, explicou que o contato com o avião foi perdido após 40 minutos de voo, pouco depois que o capitão solicitou uma mudança de rumo devido às difíceis condições meteorológicas. Ao ser perguntado sobre a possibilidade de uma ação terrorista, Fabius afirmou que "nenhuma hipótese pode ser excluída", mas especificou que "a única certeza que temos é o alerta meteorológico".
Burkina Faso
A informação sobre a localização dos restos da aeronave de propriedade da companhia espanhola Swiftair já havia sido dada pelo general burkinês Gilbert Diendere, colaborador próximo do presidente Blaise Compaore e chefe da comissão criada para investigar o incidente.
Os destroços estavam a cerca de 50 km da fronteira de Burkina Faso no povoado de Bulikesi. “Enviamos homens ao local com a aprovação do governo do Mali e foram encontrados destroços do avião com a ajuda de moradores locais”, disse o militar.
De acordo com a rede CNN, Diendere afirmou que nenhum sobrevivente foi encontrado e que a descoberta dos destroços também foi reportada pela TV estatal RTB. “Foram encontrados restos humanos e do avião totalmente queimados e dispersos”, disse à agência de notícias Associated Press.
Diendere acrescentou que os homens foram à área depois de ouvir relatos de um morador que descreveu a queda de um avião a 80 km a sudeste do povoado de Gosi. O porta-voz do governo de Burkina Faso disse que o país guardará luto por 48 horas.
Antes de perder contato, os pilotos do voo enviaram uma mensagem para pedir ao controle de voo do Níger para mudar sua rota devido a chuva intensa, disse o ministro dos Transportes de Burkina Faso, Jean Bertin Ouedraogo. Um diplomata em Bamako, capital do Mali, afirmou que houve uma forte tempestade de areia à noite no norte malinês, que fica na rota de voo do avião.
O general Diendiéré afirmou ainda que "nas imagens de radar", vemos que "o avião saiu de seu curso por causa de uma tempestade", que "pode ser a causa do que aconteceu."
Aviões militares franceses, efetivos da ONU e outros buscavam sinais do avião na região remota.
Segundo a Air Algérie publicou em sua conta no Twitter, a lista de 50 franceses, 24 burquineses, oito libaneses, seis argelinos, cinco canadenses, quatro alemães, dois luxemburgueses, um malinês, um nigeriano, um camaronês, um belga, um ucraniano, um romeno, um suíço. As nacionalidades dos demais passageiros não foram divulgadas.
Todos os seis tripulantes eram espanhóis, de acordo com o sindicato de pilotos comerciais espanhol Sepla.
G1 Mundo
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