Greve à vista
De acordo com o diretor da Fentect, James Magalhães, os trabalhadores querem aumento no valor do vale alimentação dos atuais R$ 28 para R$ 40, por dia; piso salarial de R$ 3.079. “A exemplo do que reivindicamos no ano passado, queremos também medidas contra o Postal Saúde, porque nosso atendimento médico tem piorado sensivelmente. Vários médicos se descredenciaram por falta de pagamentos [que deveriam ter sido feitos pela ECT]. Além disso, demora-se muito para obter autorizações. Seja para uma simples obturação, seja para procedimentos cirúrgicos”, disse Magalhães. Outra demanda apresentada pela federação é uma jornada de 6 horas para atendente comercial e segurança nas agências.
“Já agendamos uma assembleia para o dia 17 de setembro. Com isso há reais possibilidade de greve a partir do dia 18 de setembro. Para que isso não aconteça, esperamos que a ECT comece o calendário para atender aos anseios de seus trabalhadores”, acrescentou o dirigente sindical que reclama de a empresa nos últimos três anos só ter negociado via Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Contatada pela Agência Brasil, a ECT informou que está analisando as pautas e o o impacto que ela poderá causar na folha de pagamento da empresa e identificar quais demandas podem ser atendidas. As primeiras reuniões para negociações das pautas de reivindicações estão previstas para os dias 6 e 7 de agosto. Por e-mail, a assessoria da empresa explica que “o fato de não chegarmos a acordo e termos que levar o dissídio para o TST não significa que não houve negociações. Temos feito várias negociações nos últimos três anos com as entidades sindicais, só na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) foram firmados 16 acordos nos últimos 9 meses, por exemplo”.
A estatal ressalta que está “sempre aberta" ao diálogo com a representação dos trabalhadores, o que motivou a criação da mesa de negociação, onde foram firmados os Termos de Acordo. A ECT reitera “sua disposição para continuar a dialogar com as entidades representativas dos empregados, com o intuito de fechar um acordo que seja o melhor possível para todos os trabalhadores e trabalhadoras como também para os Correios”, e que fará todos os esforços para evitar paralisações. A entidade destaca que caso a greve ocorra, estará “preparada para implementar o plano de continuidade de negócios, a fim de não causar prejuízo aos seus clientes”.
Agência Brasil
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