Fotos: Coopagel/Divulgação
As práticas agroecológicas e os tipos de irrigação sustentável tiveram destaque entre as tecnologias apresentadas no Serta
Nesta segunda (21) e terça-feira (22), foi realizado um intercâmbio de experiências com agricultores e agricultoras do município de Manari, no Sertão de Pernambuco. Cerca de 20 pessoas foram até o Centro de Atividades do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), no município de Ibimirim, no Sertão, para conhecer técnicas de agroecologia e convivência com o Semiárido. A visita foi realizada pela Cooperativa dos Profissionais em Atividade Gerais (COOPAGEL), uma das instituições vinculadas a Articulação de Semiárido (ASA), que executam o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), responsável pela construção de cisternas de placa no Sertão pernambucano.
Durante os intercâmbios, os agricultores/as puderam observar novas formas de plantio e manejo da água, que já haviam sido apresentadas nas capacitações em Sistema Simplificado de Manejo de Água para Produção (SISMA). Foram apresentadas tecnologias de agricultura sustentável, agroecologia, criação e produção de animais. Participando do intercâmbio, a agricultora Lindinalva das Dores, de 54 anos, ficou admirada com a variedade de técnicas agrícolas sustentáveis que podem ser facilmente adotadas no dia a dia. Ela vai receber uma das cisternas para produção do P1+2 e não hesitou em levar as experiências para casa. “O intercâmbio é muito importante para as pessoas que querem aprender. A gente chega vê e copia as mesmas coisas, para nossa casa. Eu estou levando algumas plantas pra casa, algumas plantas que retiram a
sujeira da água”, afirmou.
O agricultor José Carlos Evangelista, já utilizava algumas tecnologias em sua propriedade, no entanto, parte delas não estavam sendo desenvolvidas corretamente. “Eu estava regando a lavoura por gotejamento em garrafas pet, mas sempre que colocava terra nas garrafas, pra água sair devagar, o bico entupia. Agora eu vi o problema, o instrutor me falou que tenho que colocar areia e não terra, se não cria lodo”, disse Carlos. Ele também adotou uma das experiências desenvolvidas no Serta: o lago de cimento. “Eu gostei de todas as tecnologias. A que vou construir em minha casa é o lago de cimento. Ele serve de reservatório e viveiro de peixe. É uma tecnologia fácil de construir, barata e que rende muito”, afirma.
No Serta, os agricultores (as) tiveram contato com fogões solares, aquecedores solares, sistemas de irrigação por bombas manuais, casas geodésicas, estufas e quintais produtivos, entre outros. Também participaram de palestras sobre convivência com o Semiárido, políticas públicas, segurança alimentar e agroecologia. Todos voltaram para casa com a bagagem cheia de ideias e saberes. “O conhecimento que nós ganhamos aqui é muito importante. Quando você começa a desenvolver as tecnologias, tudo muda. Você com essas pequenas hortas não precisa de ninguém para sobreviver, você planta e colhe pra família toda”, disse o agricultor Carlos. Além desse, já foram realizados intercâmbios com outros grupos de agricultores de Manari, nos dias 14 e 15, e 17 e 18 de junho, e estão marcados Intercâmbios para turmas de Sertânia e Ibimirim.
Núcleo de Comunicação COOPAGEL
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